Por unanimidade, a 1ª turma do STF recebeu denúncia contra o senador Wellington Fagundes (PR/MT) pelas acusações de corrupção passiva (artigo 317, parágrafo 1º, do CP) e lavagem de dinheiro (artigo 1º, inciso V, da lei 9.613/98) por fatos relacionados à chamada “operação sanguessuga". O parlamentar foi denunciado por envolvimento em fraudes de emendas parlamentares para a compra superfaturada de ambulâncias,
Por maioria, os ministros acompanharam a relatora, ministro Rosa Weber, que entendeu existirem indícios de recebimento de vantagem indevida, de vinculação do parlamentar com o grupo Planam, acusado de comandar o esquema de fraude, e, segundo ela, há também indícios de movimentações financeiras suspeitas entre familiares do senador e empresas ligados ao grupo.
De acordo com a denúncia, o senador teria recebido mais de R$ 100 mil reais em propina para aprovação de emendas parlamentares que resultaram na compra superfaturada de ambulâncias. Os fatos foram objeto da apuração na denominada CPI dos Sanguessugas. Na época dos fatos, entre 2001 e 2006, o parlamentar era deputado federal e, de acordo com a acusação, teria recebido dinheiro em troca da assinatura de emendas parlamentares autorizando convênios entre União e municípios para a aquisição de ambulâncias.
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Processo: Inq 2340