Migalhas Quentes

Rede aciona STF para que Estados e municípios possam ter planos próprios de imunização

O pedido foi feito após a publicação da MP 1.026/21, que diz que a aplicação das vacinas deverá observar o previsto no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação.

9/1/2021

Após a publicação da MP 1.026/21, que versa sobre o plano nacional de operacionalização da vacinação contra a covid-19, o partido Rede Sustentabilidade pediu ao STF que dê interpretação à nova norma no sentido de permitir que Estados, Distrito Federal e Municípios iniciem a vacinação por intermédio de planos estaduais e municipais próprios de vacinação. O pedido será apreciado pelo relator, ministro Ricardo Lewandowski.

O pedido se deu em ação ajuizada em dezembro de 2020 pelo partido que, inicialmente, pleiteava a autorização da vacinação mesmo sem autorização da Anvisa. Agora em aditamento à inicial, a legenda alega que o plano nacional é genérico e que Estados e municípios têm se empenhado para combater o coronavírus. 

(Imagem: Pixabay)

A MP 1.026/21 dispõe sobre as medidas excepcionais relativas à aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística destinados à vacinação contra a covid-19 e sobre o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. O art. 13 da norma dispõe o seguinte:

"A aplicação das vacinas contra a covid-19 deverá observar o previsto no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, ou naquele que vier a substituí-lo."

Para o partido, o dispositivo parece se tratar “de mais uma atuação meramente política do governo Federal, sem necessária preocupação com a saúde da população brasileira, mas com mero intuito de frear êxitos pontuais de uns ou outros Entes da Federação que foram mais organizados e se prepararam corretamente para o enfrentamento da pandemia da covid-19”.

“Fosse o Governo Federal efetivamente organizado e comprometido com o enfrentamento da pandemia, seria bastante compreensível que se considerasse efetivamente a organização da vacinação a nível nacional, com a União centralizando a logística de distribuição dos insumos.”

Ainda, segundo a Rede, o plano nacional de vacinação é bastante genérico, pois não indica quais vacinas serão aplicadas, quais serão as datas de vacinação de cada parcela da população e afins. “Parece, com a devida vênia, que o Plano foi efetivamente construído do modo mais ‘abstrato’ possível justamente para não ficar caracterizada qualquer possibilidade de descumprimento.

Por fim, o partido pede que seja dada a interpretação ao art. 13 no sentido de que ele não impede que Estados, Distrito Federal e Municípios iniciem a vacinação por intermédio de planos estaduais e municipais próprios de vacinação.

Veja o pedido.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

Bolsonaro edita MP que permite compra de vacina sem aval da Anvisa

7/1/2021
Migalhas Quentes

Gilmar Mendes critica atrasos na importação de vacinas: "Já passam do tolerável"

4/1/2021
Migalhas Quentes

Anvisa atualiza exigências para uso emergencial de vacinas

30/12/2020
Migalhas Quentes

STF decide que vacina contra covid-19 deve ser obrigatória

17/12/2020

Notícias Mais Lidas

Cerca de 1/4 dos advogados desempenha outra atividade profissional

30/4/2024

45% dos advogados brasileiros têm renda de até R$ 6,6 mil

30/4/2024

Pablo Marçal promete US$ 1 mi a quem achar ação movida por ele; advogado encontra e cobra

2/5/2024

Home office é realidade para 43% dos advogados

30/4/2024

Apesar de profissão estressante, só 14% dos advogados fazem terapia

2/5/2024

Artigos Mais Lidos

O julgamento das ADIns 2.110 e 2.111 e a revisão da vida toda

30/4/2024

Prova de vida 2024: Saiba tudo aqui

30/4/2024

Cuidado com os embargos de declaração, pois pode não haver segunda chance!

2/5/2024

As consequências legais de condutas contrárias à boa-fé processual

30/4/2024

Tornando-se aliados-chave na luta contra a corrupção: O papel dos whistleblowers nos EUA

30/4/2024