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CNJ ouve desembargadores que organizaram concurso do TJ/RJ

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11/4/2007


Depoimentos

CNJ ouve desembargadores que organizaram concurso do TJ/RJ

O conselheiro Alexandre de Moraes, relator no CNJ do pedido de providências nº 510 (clique aqui), feito pelo Conselho Federal OAB e pela OAB/RJ para denunciar possibilidade de fraude no XLI concurso para a magistratura daquele Estado, ouve em Brasília, os desembargadores que integraram a comissão organizadora do concurso. Entre os nomes da lista constam os seguintes desembargadores: Ivan Cury, Raul Celso Lins e Silva, Walter Felippe D’Agostinho, Roberto Luis Felinto de Oliveira e Henrique Carlos de Andrade Figueira.

Os depoimentos dão continuidade ao trabalho desempenhado pelo relator do caso no CNJ, que, na semana passada, ouviu os dois primeiros depoimentos sobre o caso, os do examinador Ricardo Aziz Cretton – tributarista que confirmou as suspeitas de vazamento de informações e fraude no concurso – e o ex-chefe de gabinete da Presidência do TJ/RJ, Paulo Targa, que descreveu procedimentos, segurança e inviolabilidade do concurso. Ao todo são doze as pessoas intimadas pelo relator para contribuir com a análise das denúncias apresentadas pela OAB.

O pedido de providências visando à apuração das suspeitas de fraude e, caso sejam confirmadas, de anulação do concurso deve estar pronto para julgamento pelo Plenário do CNJ até o final deste mês, conforme previsão anunciada pelo conselheiro Alexandre de Moraes. Além de proceder aos depoimentos dos envolvidos, o relator também já pediu à Polícia Federal a realização de perícia nas provas que fizeram parte do certame e às notas conferidas aos 24 juízes aprovados no concurso – providência que já está sendo tomada pela PF, <_st13a_personname productid="em Brasília. Também" w:st="on">em Brasília. Também foi publicado edital para que todos os interessados se manifestem no processo até hoje.

Segundo a denúncia apresentada pelo presidente nacional da OAB, Cezar Britto, e pelo presidente OAB/RJ, Wadih Damous, no dia 16 de março, há suspeita de vazamento do gabarito, que teria beneficiado candidatos. O pedido de providências foi protocolado com base em graves suspeitas que chegaram à OAB fluminense de vazamento de gabaritos da prova, exame realizado junto a 1.800 candidatos pelo TJ fluminense.

No documento entregue ao CNJ, a OAB descreve como exemplo de ilegalidade o teste feito pela candidata Denise Pieri Nunes, que, ao responder à prova escrita específica de Direito Tributário, teria reproduzido integralmente o gabarito elaborado pela banca examinadora do concurso. Além disso, estão entre as denúncias suspeitas de beneficiamento de parentes de juízes da Corte. Dos 24 aprovados para o cargo de magistrado, pelo menos sete têm laços de parentesco com atuais desembargadores do Tribunal.

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