Julho é tradicionalmente o mês das férias escolares - e também um dos períodos mais críticos para fraudes e golpes digitais ligados ao turismo, passagens promocionais, hospedagens e até promoções falsas em redes sociais. O ambiente online, mais movimentado nesta época, se torna fértil para criminosos que se aproveitam da pressa e da falta de atenção dos consumidores.
Segundo levantamento da Febraban - Federação Brasileira de Bancos, os crimes digitais aumentam bastante em períodos de maior movimentação financeira, principalmente na temporada de férias, com destaque para golpes aplicados por e-mail, aplicativos de mensagens e perfis falsos em marketplaces e redes sociais.
"Muitos consumidores não sabem que, mesmo em casos de fraude, é possível acionar judicialmente plataformas, empresas e até prestadores de serviço para buscar ressarcimento ou indenização por danos morais e materiais", afirma Tainah Corrêa, advogada do escritório André Menescal Advogados.
Entre os tipos de golpe mais comuns nesta época incluem: promoções falsas com links maliciosos; sites clonados de agências e companhias aéreas; anúncios de hospedagens inexistentes e vendas de passagens ou pacotes que não se concretizam.
Além dos prejuízos financeiros, consumidores também enfrentam transtornos emocionais e prejuízos indiretos - como perder eventos, voos ou compromissos por conta de golpes.
"A primeira medida é reunir provas: prints, conversas, comprovantes de pagamento. Depois, o consumidor pode registrar boletim de ocorrência e procurar auxílio jurídico. Quando há omissão ou negligência das plataformas digitais, elas podem ser responsabilizadas com base no Código de Defesa do Consumidor", completa Tainah.
Dentre as recomendações para evitar esse tipo de transtorno estão sempre verificar o CNPJ e a reputação da empresa antes de comprar, nunca clicar em links de promoções enviadas por desconhecidos, evitar pagamentos via pix para desconhecidos e usar plataformas com sistema de mediação ou garantia. Em caso de problemas, buscar imediatamente os órgãos de defesa ao consumidor e um advogado especializado.