A insolvência empresarial, muitas vezes associada apenas à falência, pode ser entendida como uma ferramenta estratégica para a economia quando aplicada com foco na continuidade das empresas.
Segundo Dione Assis, especialista em Direito Empresarial e sócia do escritório Galdino, Pimenta, Takemi, Ayoub, Salgueiro, Rezende de Almeida Advogados, preservar negócios não é apenas uma questão de proteger credores, mas também de manter empregos e assegurar a sustentabilidade econômica.
"Quando falamos de insolvência, precisamos ir além da ideia de encerramento. O Direito oferece mecanismos para que empresas estratégicas possam se reestruturar, garantindo que os empregos e a cadeia produtiva não sejam comprometidos", afirma Dione Assis.
Ela ressalta que a atuação jurídica cuidadosa é fundamental para equilibrar interesses: "O objetivo é criar soluções que preservem a empresa e os empregos, sem prejudicar credores de forma injusta. Um processo de insolvência bem conduzido pode salvar negócios e evitar impactos negativos na economia local e nacional".
A reflexão da especialista mostra que o papel do Direito na insolvência vai além de resolver dívidas: trata-se de garantir continuidade, sustentabilidade e responsabilidade social, protegendo aqueles que dependem diretamente das atividades empresariais.