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Rapper P. Diddy é condenado a 4 anos por transporte para prostituição

Em julho, músico foi condenado por dois dos cinco crimes dos quais era acusado.

4/10/2025

O rapper e empresário Sean “Diddy” Combs, conhecido mundialmente como P. Diddy, foi condenado nesta sexta-feira, 3, a 50 meses de prisão, o equivalente a quatro anos, um mês e 28 dias. A decisão foi anunciada pelo juiz Arun Subramanian em um tribunal de Nova York.

O músico, preso desde setembro de 2024, já cumpriu um ano e 17 dias da pena. Além do período em regime fechado, a sentença determina o pagamento de uma multa de US$ 500 mil.

Durante o processo de fixação da pena, a promotoria defendia que o artista cumprisse cerca de 11 anos de prisão, enquanto a defesa sustentava que a punição não deveria ultrapassar 14 meses. O juiz, porém, optou por uma condenação abaixo da faixa recomendada de 70 a 87 meses (entre seis e sete anos). A informação foi divulgada pelo G1.

P. Diddy foi absolvido da acusação de tráfico sexual, mas condenado por crimes menores.(Imagem: Reprodução/Globoplay)

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Relembre o caso

Em julho de 2025, P. Diddy foi considerado culpado por duas das cinco acusações formais que enfrentava, ambas ligadas à lei Mann, que criminaliza o transporte de pessoas para fins de prostituição. Ele foi absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão, que poderiam levá-lo à prisão perpétua.

O julgamento durou sete semanas e mobilizou enorme atenção da mídia. Quase 30 testemunhas foram ouvidas pela acusação, incluindo a cantora Cassie Ventura, ex-namorada de Combs, que detalhou anos de um relacionamento abusivo, marcado por violência e encontros sexuais coercitivos. O rapper Kid Cudi também prestou depoimento, alegando que Diddy teria incendiado seu carro após descobrir seu envolvimento com Cassie.

Os promotores sustentaram que o artista comandava uma rede criminosa que explorava mulheres em festas conhecidas como “Freak Offs”, abastecidas por drogas e prostitutas, muitas vezes registradas em vídeo sem consentimento. A defesa, por outro lado, argumentou que os relacionamentos eram consensuais e que as gravações seriam apenas “pornografia caseira”.

Mesmo com a absolvição parcial, a condenação representou um duro golpe na carreira do magnata, já que as duas infrações poderiam render até 20 anos de prisão.

Quem é P. Diddy?

Aos 55 anos, Sean Combs é fundador da gravadora Bad Boy Records e uma das figuras mais influentes do hip-hop dos anos 1990. Responsável por lançar artistas como The Notorious B.I.G., tornou-se sinônimo de sucesso, luxo e festas extravagantes, frequentadas por celebridades em locais como os Hamptons e Saint-Tropez.

Além da carreira musical, construiu um império empresarial que inclui moda, bebidas e programas de TV. Contudo, sua trajetória foi marcada por controvérsias e acusações de comportamento abusivo, especialmente após o movimento #MeToo, que incentivou vítimas a relatarem episódios de violência sexual e psicológica.

A imagem de Diddy sofreu ainda mais abalos com a exibição do documentário “Diddy: Como Nasce um Bad Boy”, disponível na plataforma Max, que reúne relatos de ex-parceiras, ex-funcionários e aspirantes a artistas descrevendo práticas abusivas atribuídas ao rapper ao longo de décadas.

Agora, Combs deixa para trás o posto de magnata do entretenimento para cumprir pena em uma penitenciária de Nova York, onde já se encontra desde 2024.

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