O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta quinta-feira, 11, que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja submetido a uma perícia médica no prazo de 15 dias. A medida ocorre após a defesa alegar piora no quadro de saúde e solicitar autorização para que Bolsonaro seja submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal, associada, segundo os advogados, a episódios recorrentes de soluços.
Na decisão, Moraes destacou que Bolsonaro passou por exames antes de ser preso, em 22 de novembro, e que, na ocasião, não foi identificada qualquer necessidade urgente de intervenção cirúrgica.
O ministro frisou também que o ex-presidente dispõe de atendimento médico contínuo na custódia da Polícia Federal, e que, desde o início do cumprimento da pena, não houve registro de emergência clínica envolvendo o preso.
Bolsonaro iniciou, no fim de novembro, o cumprimento da pena de 27 anos e três meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022. Ele está recolhido em uma sala especial em prédio da Polícia Federal, em Brasília, onde tem recebido visitas de familiares e advogados.
Nesta quinta-feira, Moraes também autorizou a ida da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro, que tem declarado publicamente intenção de disputar a Presidência representando a família em 2026.
A defesa insiste que o ambiente prisional é incompatível com o estado de saúde do ex-presidente e voltou a pedir a conversão da prisão em domiciliar. Sustenta ainda que a cirurgia deve ser realizada em hospital particular da capital federal, exigindo internação estimada entre cinco e sete dias.
O pedido será analisado após a conclusão da perícia médica determinada pelo STF.
Informações: Agência Brasil.