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Advogada que ficou presa por roubo qualificado é absolvida

25/4/2008


Inocentada

Advogada que ficou presa por roubo é absolvida

A Justiça absolveu uma advogada de Porto Ferreira acusada de roubo qualificado. Elaine Santana da Silva foi presa a pedido do MP, sob a suspeita de ter facilitado a fuga de dois homens que teriam assaltado uma boate <_st13a_personname w:st="on" productid="em Descalvado. Ela">em Descalvado. Ela ficou um ano e meio na prisão e ontem convocou uma entrevista coletiva para falar sobre o processo e a sentença em que foi declarada inocente. "Eu dei uma simples carona. Não tinha conhecimento do roubo", disse Elaine.

O advogado de defesa, Ricardo Ramos, explicou que Elaine respondeu por roubo qualificado, crime que não teria cometido e que foi inocentada, mas lamentou o fato da cliente ter sido condenada, no mesmo processo, por favorecimento pessoal. "Ela foi absolvida do que foi acusada e condenada daquilo que não teve chance de se defender".

A advogada foi presa no dia 24/10/06. A prisão temporária foi pedida pelo MP e concedida pela juíza da 1ª Vara Criminal de Porto Ferreira, Milena Barros. Para reforçar o pedido, a promotoria também alegou envolvimento dela com uma organização criminosa. Apesar disso, a ré não chegou a responder por esse crime.

A prisão temporária foi transformada em preventiva e a advogada permaneceu na cadeia durante todo o processo. O advogado de defesa disse que tentou fazer com que ela respondesse em liberdade, mas não conseguiu.

Elaine passou pela cadeia feminina de Ribeirão Bonito e pelo Centro de Ressocialização de Araraquara. Durante um ano e cinco meses de prisão, procurou provas para mostrar que era inocente. "Ficou aquela imagem denegrida, imagem bandida, o que não é verdade", desabafa a advogada.

A advogada disse ainda que vai recorrer da condenação por favorecimento. A pena, nesse caso, seria de seis meses. O promotor Fábio José Moreira dos Santos, responsável pela acusação, já recorreu da sentença no mês passado no TJ. Dos outros quatro réus envolvidos no caso, dois foram absolvidos e liberados depois de ficarem presos um ano e cinco meses. Já Alexandre de Carvalho Itelvino e Valmir Ribeiro Barbosa foram condenados e estão presos.

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