Migalhas Quentes

Pressão política será responsável pela aprovação da PEC do Calote, afirma membro da Comissão da OAB/SP

A aceleração do processo de votação da PEC dos Precatórios, que cria regime especial de pagamento de precatórios (débitos da União, Estados e municípios resultantes de sentença judicial), é parte da pressão que o Estado de São Paulo está realizando após a perda judicial com a liminar obtida pela OAB Federal e que determinou o bloqueio de R$ 5,4 bilhões em recursos que seriam repassados ao governo paulista em decorrência da venda do banco Nossa Caixa ao Banco do Brasil. Essa é a opinião do membro da Comissão de Precatórios da OAB/SP, Marco Antonio Innocenti.

26/3/2009


Precatórios

Pressão política será responsável pela aprovação da PEC do Calote, afirma membro da Comissão da OAB/SP

A aceleração do processo de votação da PEC dos Precatórios, que cria regime especial de pagamento de precatórios (débitos da União, Estados e municípios resultantes de sentença judicial), é parte da pressão que o Estado de São Paulo está realizando após a perda judicial com a liminar obtida pela OAB Federal e que determinou o bloqueio de R$ 5,4 bilhões em recursos que seriam repassados ao governo paulista em decorrência da venda do banco Nossa Caixa ao Banco do Brasil. Essa é a opinião do membro da Comissão de Precatórios da OAB/SP, Marco Antonio Innocenti.

"Embora a liminar concedida pela Justiça Federal, em ação do Conselho Federal da OAB, tenha sido derrubada pelo TRF/SP, ficou a ideia da vulnerabilidade jurídica do Estado perante os credores de precatórios", diz.

Marco Innocenti destaca que a pressão política, liderada pelo governador José Serra, já alcançou resultados. A pressão de governadores e prefeitos por mudanças nas regras de pagamento de precatórios, previstas na PEC, levou à renúncia do relator, Valdir Raupp -PMDB/RO, que foi substituído pela senadora Kátia Abreu - DEM/TO.

"O texto que a senadora está levando para votação extraiu o pacote de bondades da proposta. Ficou apenas o lado ruim. A ideia de adoção de formas alternativas de resgate da dívida por Estados e municípios, como a compensação com tributos e outras despesas, ou alienação de imóveis, foi retirada. É um retrocesso", alerta.

O advogado destaca que o movimento, liderado pela bancada do PSDB, está pressionando pela aprovação da PEC com medo de novas decisões da Justiça a favor dos credores. "Eles querem mesmo é aprovar a PEC do jeito que está, institucionalizando o calote público. Se for aprovada assim, a PEC vai beneficiar estados, como São Paulo, que não querem saldar sua dívida com os cidadãos. É um absurdo aprovar a proposta de acordo com os pedidos do Estado de São Paulo, um dos maiores devedores de precatórios do país", aponta.

______________

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

Aos gritos, promotor chama advogado de “safado, pilantra, bosta e frouxo”

25/4/2024

MP/BA cumpre mandados em escritórios acusados de litigância predatória

24/4/2024

STJ: Demora em fila de banco além de prazo legal não gera dano moral

24/4/2024

MP/SP arquiva caso de abuso de autoridade de policial contra advogado

25/4/2024

STJ aplica honorários por equidade em execução fiscal

25/4/2024

Artigos Mais Lidos

Do “super” cônjuge ao “mini” cônjuge: A sucessão do cônjuge e do companheiro no anteprojeto do Código Civil

25/4/2024

Domicílio judicial eletrônico

25/4/2024

Transação tributária e o novo programa litígio zero 2024 da RFB

25/4/2024

Pejotização: A estratégia que pode custar caro

25/4/2024

PIS e Cofins em locações: A incidência depende do objeto social da empresa?

25/4/2024