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Senadores lembram centenário da morte de Euclides da Cunha

Os cem anos da morte de Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, entre outras obras, serão lembrados em Plenário, em homenagem na terça-feira, 18/8, às 14h, no horário do expediente, que antecede as votações.

17/8/2009


Homenagem a Euclides

Senadores lembram centenário da morte de Euclides da Cunha

Os cem anos da morte de Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, entre outras obras, serão lembrados em Plenário, em homenagem amanhã, 18/8, às 14h, no horário do expediente, que antecede as votações. O requerimento solicitando a homenagem ao escritor, falecido em 15 de agosto, foi apresentado pelo senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB/AC).

Para o senador, Euclides da Cunha "foi em vida um dos maiores escritores brasileiros e que tão insignes serviços prestou ao país como chefe da delegação brasileiro-peruana que demarcou os limites entre o Brasil e o Peru, objeto do tratado firmado com esse fim em 1909". O escritor nasceu no dia 20 de janeiro de 1866, em Cantagalo, no Rio de Janeiro.

Publicada em 1902, a obra Os Sertões surgiu a partir da viagem que Euclides da Cunha fez a Canudos/BA, como colaborador do jornal A Província de São Paulo - atual O Estado de S. Paulo -, para escrever sobre operações realizadas pelo Exército com objetivo de sufocar a rebelião dos sertanejos liderada por Antônio Conselheiro.

Em Os Sertões, livro considerado de grande impacto para a época pela sua originalidade e estilo, o escritor critica o massacre dos moradores de Canudos a mando do recente governo republicano. Nessa obra, Euclides da Cunha contesta a versão de que o movimento de Canudos foi monarquista e político, destinado a atingir a república e restaurar a monarquia - tese em que ele próprio acreditou inicialmente. O escritor revela, no livro, a complexidade do sertão brasileiro e seus problemas socioeconômicos, numa linguagem repleta de inversões sintáticas e termos científicos.

Quando surgiu a insurreição de Canudos, em 1897, Euclides escreveu artigos que lhe valeram o convite do jornal para realizar reportagens na área do conflito. Apesar de não presenciar o fim da guerra de Canudos, o escritor reuniu material suficiente para escrever, durante cinco anos, Os Sertões, livro publicado em alemão, chinês, francês, inglês, dinamarquês, espanhol, holandês, italiano e sueco.

O escritor foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1903. Em 1904, foi nomeado chefe da comissão mista brasileiro-peruana de reconhecimento do Alto Purus, com objetivo de cooperar para a demarcação de limites entre os dois países. Essa experiência resultou em sua obra póstuma À Margem da História, onde denuncia a exploração dos seringueiros na floresta.

O escritor faleceu em 1909, aos 43 anos, assassinado por Dilermando de Assis, então amante de sua mulher, Ana. Euclides invadiu a casa de Dilermando armado, dizendo-se disposto a matar ou morrer, e Dilermando reagiu, matando o escritor. Julgado, Dilermando foi absolvido por ter agido em legítima defesa. Posteriormente, casou-se com Ana, união que durou 15 anos.

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Leia mais :

3/7/09 - A soberana decisão - clique aqui.

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Veja também :



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