20/12/2022 Igor Matuck de Paula Reis "Prezado professor, bom dia! Muitas vezes percebo que minhas dúvidas gramaticais não passam dos fundamentos básicos da nossa língua, o que é o presente caso. Em uma procuração com mais de um outorgado, quando os verbos dos 'poderes' ficarão no singular? Tenho irresistível impulso por escrever 'Poderes para REPRESENTAR, AJUIZAR, (...)', principalmente quando me refiro aos poderes especiais, que assumem a forma: 'podendo ainda os OUTORGADOS, para o fiel cumprimento deste mandato, TRANSIGIR, RECEBER E DAR QUITAÇÃO (...)'. Devo superar o infundado bloqueio mental e concordar todos os verbos com o sujeito plural? Aproveito a oportunidade para agradecer o primoroso e, hoje, indispensável trabalho ofertado com a Gramatigalhas."
21/12/2022 Luiz Carlos Russo "O presente e o futuro da advocacia está inscrito nos domínios da Inteligência Artificial, isto é, o uso de instrumentos computacionais de grande bancos de dados. Isto galera para sintetizar a jurisprudência e externar erros humanos nas decisões judiciais de todas as instâncias. É a modernidade digital aplicada na prática jurídica e judicial. O chamado Direito Digital misturando-se ao tradicionalismo do Direito. Estude bem este tema, que abrevia o tempo processual e o gasto de tempo dos operadores do Direito (juízes, advogados, promotores e todos o sistema judiciário)."
21/12/2022 Lázaro José Piunti "Era tudo simples! E a alegria estava no ar! Nas vésperas do natal minha mãe cortava um galho do pinheiro plantado entre a horta e o terreiro no sítio em que vivíamos! O ramo se transformava em nossa Árvore de Natal e a sua base era enfeitada com as figuras do Presépio. Meu pai atrelava o burro 'Redondo' no Carrinho (um veículo a tração - não era carroça e nem charrete), para ir comprar uvas no sítio vizinho do Jeremias Sibinelli. Na véspera da grande noite, a ansiedade era grande. Mas, nem sempre a gente aguentava até a celebração da 'Missa do Galo', à meia noite, ato religioso transmitido pelo rádio, aparelho antigo, de válvulas, ligado na tomada elétrica. Na manhã seguinte lá estava um presentinho, que o Papai Noel trouxera de madrugada, em nome do Menino Jesus, recém-nascido. O brinquedo, um só, variava, ano a ano. Um caminhãozinho de madeira, ou o elefante, pintado azul em tábua lisa, que eu puxava pela cordinha. Outro ano, uma bola de borracha, colorida, muito menor que a de capotão, que jamais ganhei. O almoço natalino era festivo. Comida feita em casa pela minha mãe. Todos os filhos reunidos, incluindo os casados e seus pequenos. Eu, caçula, era titio de alguns sobrinhos mais velhos que eu mesmo. Afinal, sou o último de doze, raspa de tacho. Anos mais tarde, quase treze anos, meu pai, forçado pela idade, vendeu o sítio que garantia o nosso sustento e fomos morar no antigo Bairro da Estação. Nunca tivemos uma Cesta de Natal para brindar a Data Máxima da Cristandade! Só fiquei sabendo que ela existia, quando já trabalhava na Serraria Santa Ana, da família Simão (Rua Paula Souza, 118, fone 144). O senhor Gerth, um senhor muito simpático e sempre risonho, representante das famosas 'Cestas de Natal Amaral – Gigante Amaral' - as entregava por encomenda. Registro o fato sem frustração. Muito pelo contrário. Aquele mimo, como tantos outros alusivos ao Natal, não estavam ao alcance da grande maioria da população. E a educação de berço ensinava a não cobiçar as coisas alheias, confiar na graça divina, trabalhar duro, estudar muito e acreditar no sucesso futuro! O fato é que o espírito de natal, em seu fulgurante lampejo, era realmente santo. Impregnados de amor, eles deixaram saudade. Doces lembranças que plasmaram a nossa personalidade forjando o nosso caráter e a nossa Fé! Não recrimino a época atual. Cada geração vive o seu instante. Feliz, reverencio o passado e recordo a frase do venerável Papa João XXIII: 'Nasci e vivi numa pobreza satisfeita'!"