Migalhas de Peso

A crise do crédito como ela é

Lembrança de uma crise econômica avassalante como a de 1929, há 8 (oito) décadas, a atual crise financeira americana, bem similar a anterior com o “crack” da bolsa de Nova Iorque, pode ser ainda maior, afetando de uma só vez todo o sistema financeiro com grande repercussão global, como se mostra cada dia no mercado financeiro.

8/10/2008


A crise do crédito como ela é

Luiz Felipe Cordeiro Cozzi*

Lembrança de uma crise econômica avassalante como a de 1929, há 8 (oito) décadas, a atual crise financeira americana, bem similar a anterior com o "crack" da bolsa de Nova Iorque, pode ser ainda maior, afetando de uma só vez todo o sistema financeiro com grande repercussão global, como se mostra cada dia no mercado financeiro.

Apenas os efeitos se diferem entre ambas, pois a repercussão atualmente é silenciosa, emergindo gradativamente sua seqüela na liquidez da economia por todo o mundo, comprometendo a longo prazo a estabilização no mercado interno e externo.

Tal como a grande depressão, a crise de crédito presente pode levar à ruína empresas numa escala mundial do dia pra noite, pois faltará liquidez para investimentos nos setores de produção com a falta de investidores, comprometendo todo o equilíbrio econômico no mundo e, noutros dizeres, "o mundo pode sim ir à falência da noite para o dia", pois estamos numa ótica globalizada.

Embora tenha considerável reserva cambial, cerca de U$ 200 bilhões, para se ter uma exata e melhor compreensão dos setores afetados na economia brasileira, hoje se fala em reduzir a produção de maneira generalizada, em todos os segmentos, afetando inclusive o (Programa de Aceleração do Crescimento - PAC), pois o receio da recessão mundial exige tanto do Governo quanto do empresariado cautela na aplicação do dinheiro, é o medo da dívida numa acepção lógica do sistema capitalista.

Por isso, extremamente necessário repensar o custeio da máquina pública, preservando os recursos do PAC, e de fato, na esfera privada, somente os empresários atentos ao silencio ainda reinante da atual crise de crédito mundial, serão capazes num futuro próximo de suportar tamanha depressão no meio produtivo.

Como já exposto alhures, os reflexos exsurgirão a longo e médio prazo, sendo, portanto, arrogante o enfrentamento de um "assombro" esmagando a economia sem a devida cautela, pois a conseqüência certamente tornará o dia de amanhã não uma lembrança de 1929, mas um fato consumado na história mundial.

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*Trainee do escritório Décio Freire & Associados





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