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Operação Ararath apreende documentos de juiz Federal no MT

A PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão como parte do inquérito judicial que apura crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro em Cuiabá/MT. O juiz Federal Julier Sebastião da Silva é um dos investigados.

27/11/2013

Nesta segunda-feira, 25, a PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão como parte do inquérito judicial que apura crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro em Cuiabá/MT. Os mandados foram expedidos pelo TRF da 1ª região e são um desdobramento da operação Ararath, deflagrada no último dia 12.

O juiz Federal Julier Sebastião da Silva é um dos investigados e, de acordo com o jornal Diário de Cuiabá, teve documentos apreendidos por policiais federais em sua casa e gabinete. Ele teria sido envolvido no caso após interceptações telefônicas. Outro mandado foi cumprido para a residência do presidente do Detran, Giancarlo Castrillon.

Ararath

De acordo com o Diário de Cuiabá, o nome "Ararath" foi escolhido pelos agentes por ser o nome de um monte na Turquia onde, supostamente, foi encontrada a Arca de Noé. Isso porque o esquema investigado apresenta semelhanças ao descoberto com a deflagração da operação Arca de Noé, que desarticulou as ações de João Arcanjo Ribeiro, tido como o chefe do crime organizado no MT na época.

O ex-bicheiro era responsável por comandar movimentações financeiras ilegais, por meio de factorings. O responsável por decretar a prisão de Arcanjo foi o próprio juiz federal Julier Sebastião da Silva.

A operação

Em 12/11, a PF deflagrou a Operação Ararath, com o objetivo de apurar a prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. A investigação, que teve início em 2011, constatou operações clandestinas no Sistema Financeiro brasileiro, além da prática do crime de lavagem de dinheiro.

O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no MT. Ele tinha como base operacional uma empresa de Várzea Grande/MT, que oficialmente encerrou suas atividades em 2012.

De acordo com informações da PF, os recursos eram movimentados nas contas das factorings e outras empresas do grupo. O principal crime apurado consiste no fato de que as empresas de factoring, de natureza estritamente mercantil e com a finalidade principal de assessoria e de compra de títulos de crédito, exercia outras atividades exclusivas de instituição financeira, não autorizadas pelo BC, como, por exemplo, concessão de empréstimos com exigência de garantia.

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