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Márcio Thomaz Bastos na mira da CPI dos Correios

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11/1/2006

 

Márcio Thomaz Bastos na mira da CPI dos Correios

 

A CPI dos Correios estuda a possibilidade de convocar o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para prestar esclarecimentos sobre a suposta existência de uma segunda conta do publicitário Duda Mendonça no exterior, revelada no último fim-de-semana pela revista Veja. A declaração foi feita pelo deputado Onyx Lorenzoni, sub-relator de Normas de Combate à Corrupção, ontem. Segundo Lorenzoni, a hipótese será analisada pela assessoria jurídica do Senado Federal.

 

O deputado disse que causou estranhamento a revelação do presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues, em sua apresentação à sub-relatoria, segundo a qual o Ministério da Justiça teria enviado ao órgão, na última sexta-feira, dia 6/1, às 18h - véspera da divulgação da reportagem pela Veja - um requerimento solicitando informações sobre, justamente, uma possível conta de Duda Mendonça nos Estados Unidos.

 

- Isso foi uma manobra para tentar proteger o ministério. É evidente que, àquela altura, a matéria da Veja estava pronta - concluiu Lorenzoni.

 

A manifestação do ministério levou o Coaf, de acordo com Antônio Gustavo, a enviar ao Financial Crimes Enforcement Network (Fincen), seu equivalente norte-americano, uma nova requisição a respeito dos dados bancários de Mendonça. O Coaf já vem pedindo esses dados desde agosto, quando foi revelada a existência da primeira conta no exterior, a Dusseldorf, nas Bahamas.

 

O jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira informou que o Ministério da Justiça deverá pedir ainda nesta semana às autoridades americanas o bloqueio judicial da conta do publicitário, num banco de Miami. Duda Mendonça foi o responsável pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. O pagamento pelos serviços prestados foi feito através da Dusseldorf.

 

O sub-relator Onyx Lorenzoni também reclamou das dificuldades legais que a CPI vem enfrentando para acessar as informações referentes ao sigilo bancário do publicitário. Para ele, é um absurdo que a CPI acabe tomando conhecimento de dados importantes como esses através da imprensa.

 

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Fonte: Agência Senado


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