Migalhas Quentes

Assalto no prédio do STF

19/4/2006


Assalto no prédio do STF


Ladrões entram em sala nos fundos do tribunal e roubam R$ 60 mil em vales-transporte e tíquetes que seriam distribuídos a funcionários


Foram instantes de pânico para sete funcionários da empresa Dinâmica Administração Serviços e Obras, que prestam serviço terceirizado de segurança e limpeza para o STF. Por volta das 17h45 de segunda-feira, os trabalhadores aguardavam a distribuição de vales-transporte e tíquetes refeição e alimentação. Eles foram rendidos por três homens que invadiram o posto de apoio da Dinâmica, em uma sala nos fundos do STF. Dois bandidos estavam armados e mantiveram os servidores sob a mira de pistolas enquanto recolhiam R$ 60 mil em benefícios (confira arte abaixo).


Não houve reação. Tampouco feridos. Os bandidos fugiram minutos depois pela mesma porta por onde tinham entrado. Não deixaram rastros. A polícia foi chamada em seguida, mas não conseguiu localizar os ladrões. Este foi o primeiro assalto registrado no local. No espaço, cedido pelo STF para a prestadora de serviço, funciona uma espécie de posto administrativo da Dinâmica.


A sala fica no prédio principal do STF, mas tem entrada independente pela a via S2, rua paralela ao Eixo Monumental. “Ela não dá acesso direto ao tribunal”, explica o coordenador de segurança do STF, Aécio de Almeida. Ele justifica que a sala não tem vigilância em tempo integral porque, geralmente, não são guardados ali objetos de valor. Segunda-feira, excepcionalmente, era dia de distribuição dos vales-transporte e tíquetes refeição e alimentação do mês para os empregados lotados no STF. “Quem roubou provavelmente sabia que a entrega seria naquele dia”, acredita Almeida.


De acordo com o coordenador de segurança, não foi feita nenhuma alteração no esquema de vigilância do STF devido ao crime de segunda-feira. Ele reforça que trata-se de uma sala isolada, sem ligação com as dependências do tribunal, embora esteja encravada nele. Também não é preciso passar pela portaria principal para entrar na sala onde ocorreu o assalto. A coordenação de administração do STF informou que só com o laudo da Polícia Civil será possível saber o que aconteceu e identificar os evolvidos no assalto.


O delegado Jeferson Lisboa, da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), afirma que o laudo da investigação deve ficar pronto em 15 dias. Segundo ele, os funcionários que testemunharam o assalto seriam ouvidos ontem. O local passou por perícia ainda na noite de segunda-feira. “Já temos várias linhas de investigação para encontrar os criminosos”, diz o delegado. Ele também acredita que o mentor do crime tinha informações sobre o local, horário e data da entrega dos benefícios.


Silêncio


O silêncio imperou entre os funcionários da Dinâmica lotados no STF. Um dia depois do assalto, ninguém quis comentar o assunto. Na sala invadida pelos bandidos, os empregados informaram que só o gerente imediato poderia falar sobre o que aconteceu. Mas o gerente também disse não estar autorizado a dar declarações e afirmou que caberia ao coordenador de segurança do Supremo fornecer qualquer tipo de explicação. O Correio Braziliense tentou entrar em contato várias vezes com a direção da Dinâmica, mas não obteve retorno.

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Fonte: Correio Braziliense

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