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À polícia, presidente do Corinthians "entrega" investidor

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18/10/2006


Lavagem de dinheiro

 

À polícia, presidente do Corinthians "entrega" investidor

 

O presidente do Corinthians, Alberto Dualib, disse ontem (17/10), em depoimento à Polícia Federal, que o magnata russo Boris Berezovski, o georgiano Badri Patarkatsishivili e o israelense Pini Zahavi são investidores da MSI, a parceira do clube. É a primeira vez que o cartola revela a autoridades brasileiras nomes de quem abastece financeiramente o departamento de futebol do clube.

 

A oitiva de Dualib na PF durou três horas e fez parte da investigação conduzida pelo MPF que apura eventual crime de lavagem dinheiro na parceria.

 

O presidente corintiano foi ouvido pelo delegado Protógenes Queiroz e pelo procurador da República Rodrigo de Grandis. O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, que também é advogado, acompanhou Dualib e o vice-corintiano Nesi Curi, que depôs por cerca de uma hora.

 

Ao citar Berezovski e Badri como investidores, Dualib reforça as suspeitas das autoridades sobre lavagem de dinheiro.

 

O russo e o georgiano, parceiros em muitos negócios, são acusados de vários crimes na Rússia, entre eles lavagem de dinheiro. O depoimento de Dualib vai de encontro à conclusão de relatório do MPE, que aponta Berezovski e Badri como investidores da MSI. O órgão diz haver indícios de que a parceria é usada para lavar dinheiro.

 

O caso foi enviado para outra esfera porque os delitos apontados -lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro brasileiro- são de competência da Justiça Federal. Berezovski, que negou às autoridades fazer parte do grupo de investidores da MSI, foi detido <_st13a_personname w:st="on" productid="em São Paulo">em São Paulo para interrogatório em maio, quando demonstrou interesse em adquirir a Varig. Com ele, foram apreendidos dois computadores, oito celulares e documentos, entre eles cópias dos passaportes de Dualib e Curi.

 

O russo explicou aos procuradores da República que estava com os passaportes para devolvê-los aos corintianos, que os haviam deixado em Londres.

 

Ontem, Dualib deu outra versão. "Era para tirar um visto [de entrada] em Israel", disse.

A PF suspeita que os documentos estavam com Berezovski para abertura de conta bancária no exterior.

 

Ontem, questionado sobre eventuais irregularidades com o dinheiro que sustenta a MSI, Dualib foi enfático: "Não é [sujo] de maneira alguma".

 

Em seu depoimento, o presidente corintiano tentou explicar o funcionamento da parceria e disse que o presidente da MSI, Kia Joorabchian, não retorna mais ao Brasil.

 

A MSI jamais revelou os nomes dos investidores da parceria. Em relação a Berezovski, Kia sempre disse ser amigo do russo, mas nega a participação dele no negócio. O MP e a PF esperam agora ouvir o iraniano, que está <_st13a_personname w:st="on" productid="em Londres. Ele">em Londres. Ele ainda não foi notificado, mas declarou estar à disposição das autoridades.

 

Já Pini Zahavi nega ser investidor da parceira. Diz ser apenas um agente de jogadores.

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