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Polícia faz batida em escritórios da E-Vote no Equador

18/10/2006


Eleição equatoriana

Polícia faz batida em escritórios da E-Vote no Equador

 

A polícia equatoriana realizou uma busca nos escritórios da empresa brasileira E-Vote para investigar a denúncia de um suposto crime de informática na apuração das eleições do país, ocorridas no último domingo, segundo a agência de notícias EFE.

 

O promotor Washington Pesãntez, que participou da busca com a polícia, pediu à Justiça que proibisse a saída do país de Santiago Murray, representante da empresa brasileira, e de seus colaboradores mais próximos. Pesãntez também pediu o embargo de todos os bens da E-Vote no Equador.

 

A denúncia contra a empresa brasileira foi feita pelo advogado independente Stalin Raza, que pediu que o MP equatoriano investigasse as razões que levaram à paralisação da contagem de votos na madrugada de segunda-feira.

 

Segundo o promotor Pesãntez, funcionários da E-Vote disseram que o colapso foi causado por uma incompatibilidade dos seus sistemas com aqueles do TSE equatoriano.

 

Segundo essas declarações, a empresa teria se queixado do problema ao TSE, sem ter tido resposta.

 

A E-Vote foi contratada pelo Tribunal para conduzir as contagens no pleito do Equador por um valor aproximado de US$ 5 milhões (R$ 10.6 milhões). Contudo, a empresa não cumpriu os prazos prometidos no contrato e foi severamente criticada em todo o país.

 

A contagem dos votos foi suspensa pela empresa na noite de domingo, quando já tinham sido apurados cerca de 70% dos votos, por causa de um colapso no sistema de computador.

 

O multimilionário Álvaro Noboa tinha 4 pontos percentuais de vantagem sobre o esquerdista Rafael Correa quando a contagem foi interrompida.

 

A suspensão acabou levantando suspeitas de fraude, mas uma missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) garante que, mesmo com os problemas técnicos, não há indícios de irregularidades.

 

O TSE do Equador cancelou o contrato com a empresa brasileira ainda na segunda-feira.

 

Empresa brasileira se exime de atraso eleitoral

 

A empresa brasileira Probank, que faz parte do consórcio E-Vote disse ontem (17/10) que não teve responsabilidade no atraso das informações e culpou o TSE do Equador e a companhia telefônica Andinatel pelo fato.

 

A Probank disse que está enviando técnicos para o Equador para avaliar o que aconteceu no domingo, quando a apuração e a divulgação dos resultados das eleições presidenciais foram interrompidas.

 

O TSE do Equador chegou a anunciar o cancelamento do contrato com o consórcio. No entanto, o diretor de finanças e de administração da Probank, Gilberto Freitas, disse que o consórcio não recebeu nenhum comunicado do TSE equatoriano.

 

Mudança

 

De acordo com a Probank, o atraso na divulgação dos dados foi provocado por uma queda no link, que era de responsabilidade da empresa Andinatel.

 

A companhia também culpa o TSE do Equador, que teria modificado na última hora o modelo de ata usado na apuração dos votos.

 

A alteração e a queda do link teriam forçado a empresa brasileira a levantar o resultado das 36 mil atas eleitorais do país manualmente, em vez de usar um sistema digital, causando o atraso.

 

“Não recebemos nenhuma reclamação do TSE do Equador. Não há que se falar em quebra de contrato ou aplicação de multas, pois não houve responsabilidade nossa no caso”, afirma Freitas.

 

A Probank também participa das eleições brasileiras, cuidando da instalação das urnas eletrônicas nos locais de votação, além da manutenção e substituição de equipamentos.

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