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Após tentativa de deposição, juristas apoiam Josué Gomes na Fiesp

Assembleia para destituição foi considerada ilegal. Documento em apoio conta com mais de 50 assinaturas.

20/1/2023

Após tentativa de deposição sofrida por Josué Gomes da Silva na presidência da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, membros do Conselho Superior Jurídico da Fiesp em 2022 manifestaram preocupação e declararam apoio.

No documento, que já reúne 54 assinaturas, o grupo aponta "alegações fúteis que parecem ocultar propósitos de mera disputa de poder".

“Expressam seu apoio a Vossa Excelência, de quem só receberam palavras, gestos e exemplos de fé nas instituições, de crença na liberdade e na livre iniciativa e de atuação socialmente responsável, sempre em defesa dos interesses da indústria e do Brasil.”

Após tentativa de deposição, juristas apoiam Josué Gomes da Silva na Fiesp.(Imagem: Zanone Fraissat/Folhapress)

Como presidente da maior entidade empresarial do país, Josué Gomes enfrenta forte oposição. Na noite da última segunda-feira, uma assembleia teve 47 votos para destituí-lo do cargo. Mas a votação foi apontada como ilegal e pode ser questionada na Justiça.

A votação ocorreu no mesmo dia em que Gomes levou à sede da Fiesp para um almoço com os sindicatos o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

A assembleia durou cerca de quatro horas e meia. Primeiramente, os sindicatos teriam reprovado, por 62 a 24, os argumentos dados por Gomes aos questionamentos sobre sua atuação no cargo, a maioria de cunho político. Assim que essa votação terminou, Gomes teria deixado o local.

Na sequência, sem a presença do dirigente, os sindicatos patronais remanescentes abriram uma segunda assembleia, com quórum menor, e aprovaram a destituição do presidente por 47 votos a favor, 1 voto contra e 2 abstenções. A razão teria sido "grave violação do estatuto" e "conduta incompatível com a ética".

Nesta quinta-feira, 19, a Fiesp emitiu nota dizendo que Josué Gomes da Silva continua no cargo.

"Tal atitude isolada, desproporcional, irresponsável, acaba por provocar riscos econômicos, jurídicos e trabalhistas em nossa entidade, o que deve ser formal e veementemente coibido, o que faço desde já nesta notificação, tornando sem efeito toda e qualquer deliberação tomada em minha ausência", disse o empresário em comunicado interno. 

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