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Operação Iscariotes: MPF/RJ denuncia quadrilha que atuava no Cristo Redentor

22/5/2007


MPF/RJ

Operação Iscariotes: quadrilha que atuava no Cristo Redentor é denunciada

O MPF/RJ ofereceu denúncia à Justiça contra 22 integrantes da quadrilha que desviava recursos arrecadados com as visitas ao Cristo Redentor, no Parque Nacional da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. Presos no último dia 10 na Operação Iscariotes, sete dos 22 denunciados tiveram sua prisão preventiva decretada pela Justiça a pedido do MPF. Os valores que foram desviados eram destinados ao Ibama para medidas de preservação ambiental do parque.

A denúncia, feita pelos procuradores da República José Maria Panoeiro e José Schettino, foi recebida na 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, onde agora corre a ação penal. A quadrilha era formada por três grupos: funcionários da empresa Trade Rio - administradora do estacionamento do parque; vigilantes da empresa de segurança Juiz de Fora; policiais militares lotados no BPTur. Além deles, foram denunciadas duas pessoas ligadas à Jeep Tour, empresa que, se aproveitando do esquema fraudulento, lograva pagar valores a menor que os efetivamente devidos ao Ibama.

Os denunciados por quatro crimes, segundo a participação a ser delimitada: estelionato - pena de um a cinco anos de reclusão e multa, mais um aumento de 1/3 por ser cometido em detrimento de entidade de direito público, formação de quadrilha - um a três anos de prisão, corrupção ativa - reclusão de até oito anos, pelo Código Penal Militar - e lavagem de dinheiro.

A denúncia narra dois esquemas de apropriação indevida de recursos do Ibama. No primeiro, os bilheteiros não emitiam os tíquetes obrigatórios de registro de entrada de visitantes e veículos - inclusive da Jeep Tour - ou estornavam valores de tíquetes emitidos. O pedágio não registrava todos os turistas que visitavam o Corcovado, o que gerava um "caixa dois" inclusive para pagar a vigilantes da empresa Juiz de Fora e a policiais militares, que também eram coniventes com os desvios.

No segundo esquema, os caixas não registravam a passagem de vans destinadas ao Cristo Redentor, sendo que neste caso os policiais militares ficavam com todos os valores auferidos. Segundo a denúncia, os valores rateados entre os denunciados variavam conforme a arrecadação, sendo certo que nos finais de semana e na alta temporada os lucros aumentavam sensivelmente. A operação foi batizada com este nome, uma vez que os denunciados "vendiam" o Cristo Redentor.

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