Com habilidade em gerir pessoas, valorizar o diálogo e a escuta ativa, Rogério Florêncio Silva assume o cargo de CEO da Lee, Brock, Camargo Advogados (LBCA), ressaltando que um dos ativos fundamentais dentro das organizações são seus profissionais.
"Sem dúvida, as pessoas são o principal patrimônio de uma empresa, seu diferencial. São as pessoas que constroem o sucesso de uma organização, com seu conhecimento, criatividade, empenho", diz.
Para Rogério, um escritório de advocacia não difere de outros negócios quando é necessário definir estratégias, tomar decisões e saber por quais caminhos seguir para garantir crescimento e desempenho sustentáveis.
"Há particularidades, mas não vejo grandes contraposições. Aparentemente são diferentes, porém os desafios são iguais, porque o escritório de advocacia é um negócio que está inserido em um contexto econômico e terá de se pautar por princípios de gestão que são comuns a qualquer organização", explica Rogério.
Com um estilo de liderança que ele define como participativo, Rogério busca abrir espaço para a opinião dos colaboradores e a escuta ativa. "Afinal, os caminhos ficam mais curtos e as respostas mais assertivas, quando nós temos mais pessoas pensando sobre o mesmo assunto", afirma.
Nessa perspectiva, é muito importante o caminho já escolhido pela LBCA, de um ambiente de trabalho diverso e inclusivo, buscando profissionais de todos os marcadores sociais, seja de gênero, etnia-raça, PcD, origem, formação acadêmica, etc. Essa pluralidade, na opinião de Rogério, faz com que a banca fique mais rica em suas respostas e atuação.
Embora tenha feito uma carreira robusta na administração, Rogério também cursou Direito, por entender que esse ramo do conhecimento tem um aspecto muito positivo em sua formação como executivo: é conhecimento sistêmico, permeando diversos aspectos das relações sociais.
Para ele, o bom advogado não é o profissional que é apenas especializado em determinada prática jurídica, mas que entende o contexto em que determinado problema legal está inserido.
Deve ter uma cultura ampla, aglutinar saberes diversos como história, economia, filosofia, literatura; além de ser gestor e ter espírito empreendedor para perceber oportunidades no mercado. "Há vários aspectos envolvidos em um determinado caso, por isso entender as questões de maneira sistêmica ajuda muito na solução", comenta.
Esta dinâmica relacional, ressaltada por Rogério, vale tanto para uma empresa industrial quanto para um escritório de advocacia, porque envolve uma teia de relações com todos os stakeholders de uma organização, sejam clientes, funcionários, governos, consumidores, dentre outros.
"Às vezes você está envolvido no desenvolvimento de um novo produto, por exemplo, e a viabilidade deste novo produto, além de todos os aspectos operacionais e de mercado, também está relacionada à questões regulatórias, fatores contratuais, questões tributárias. Enfim, a uma pluralidade de aspectos normativos que condicionam uma determinada atividade, tudo é muito mais amplo. Portanto, o Direito entrou na minha vida para me ajudar a entender a amplitude na qual uma determinada situação está inserida", comenta.
No cargo de CEO, substituindo Carlos Hargreaves, que ficou 20 anos no cargo, Rogério entende que o principal desafio da LBCA no futuro imediato é de enfrentar um mercado jurídico em ebulição, em grande mudança, no qual a tecnologia estará cada vez mais presente, assumindo um papel importante.
Por isso, aposta que um caminho viável de expansão para a banca é a diversificação, ampliando os segmentos nos quais o escritório atua, até pela sua vocação multidisciplinar.
Nesse horizonte, Rogério vê como grande virtude da LBCA ter a inovação como uma marca de sua cultura organizacional. "Cada vez mais, registramos o que pode nos entregar o conhecimento e criatividade dos profissionais aliados as tecnologias como IA, às facilidades que trazem, os caminhos que são capazes de encurtar. A inovação é um dos grandes pilares de nossa cultura organizacional e permeia as ações da LBCA, é um importante elemento das entregas de soluções jurídicas de excelência".
"É essencial salientar, que a inovação não é um algo meramente eventual, mas um processo contínuo que tem por base o profundo conhecimento jurídico e das possibilidades que a tecnologia nos oferece, direcionados às necessidades de nossos clientes".
Em conclusão, ressalta: "A tecnologia é uma ferramenta que funciona a partir das mãos, da criatividade, do conhecimento das pessoas. Soluções disruptivas são criadas a partir do que as pessoas são capazes de fazer com a IA, para nos levar ainda mais longe".