Migalhas Quentes

Fachin nomeia membros do Comitê Gestor Nacional de Sustentabilidade

Sóstenes Marchezine, sócio-diretor da Arnone Advogados Associados, passa a integrar o Comitê do CNJ.

8/10/2025

Publicado no Diário do CNJ no dia 6/10/25, o ato normativo assinado pelo ministro Luiz Edson Fachin, presidente do CNJ e do STF, oficializa a designação dos membros do Comitê Gestor Nacional de Sustentabilidade do Poder Judiciário, conforme previsto na portaria 134/CNJ, de 7/5/25, que instituiu a Rede de Sustentabilidade do Poder Judiciário.

A portaria 320/CNJ, de 26/9/25, formaliza a composição do colegiado responsável por orientar, integrar e supervisionar as ações de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental do Judiciário brasileiro, em consonância com as metas do Plano de Logística Sustentável (PLS-PJ) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Estrutura e coordenação

O Comitê será coordenado pelo conselheiro Guilherme Feliciano, presidente da Comissão Permanente de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do CNJ. Também integram a instância representantes de tribunais superiores e regionais, além de especialistas convidados das áreas acadêmica e técnica.

Entre os membros nomeados estão:

Ministro Fachin nomeia membros do Comitê Gestor Nacional de Sustentabilidade do Poder Judiciário.(Imagem: Freepik)

Competências e funcionamento

O Comitê Gestor Nacional de Sustentabilidade nasce como instância estratégica de articulação, governança e acompanhamento das políticas socioambientais do Poder Judiciário. Sua atuação abrange tanto a formulação quanto a execução de diretrizes voltadas à gestão sustentável dos tribunais, funcionando como eixo técnico e político da Rede Nacional de Sustentabilidade do Judiciário.

Caberá ao Comitê definir metas conjuntas, promover a integração entre os comitês regionais, propor resoluções e instrumentos de monitoramento, além de fomentar práticas inovadoras de governança ambiental e social nas esferas administrativa e jurisdicional.

O colegiado também atuará na disseminação de indicadores de desempenho sustentável, no estímulo à formação técnica e na interlocução com outras esferas do poder público e organismos internacionais.

A portaria detalha que o coordenador do Comitê será responsável pela elaboração do plano de trabalho da gestão, pela produção de relatórios anuais de atividades e pela divulgação das ações no portal do CNJ e em outras instâncias institucionais.

As reuniões ocorrerão preferencialmente por videoconferência, e o Comitê poderá convidar especialistas e representantes de órgãos públicos e privados para apoiar a execução dos trabalhos e contribuir com conhecimento técnico especializado.

Essa estrutura reforça a natureza interinstitucional e colaborativa do Comitê, que passa a atuar como núcleo articulador da política nacional de sustentabilidade do Judiciário, conectando ciência, gestão e responsabilidade social em um mesmo eixo de atuação.

Rede Nacional de Sustentabilidade do Poder Judiciário

A Rede de Sustentabilidade do Poder Judiciário, instituída pela portaria 134/CNJ, de 7/5/25, é a base estrutural da política nacional de sustentabilidade no âmbito do Judiciário.

Ela tem por finalidade promover a integração entre tribunais e unidades administrativas, incentivar boas práticas socioambientais, e fortalecer a cultura de governança sustentável nas esferas de gestão, inovação e transparência.

A rede é composta por comitês gestores regionais, responsáveis por articular, em cada macrorregião do país, a implementação de planos e metas alinhados às diretrizes do CNJ, como eficiência energética, gestão de resíduos, descarbonização, compras sustentáveis e educação ambiental institucional.

O ato de criação da Rede insere-se no contexto do Pacto Nacional pela Sustentabilidade do Poder Judiciário, lançado sob a liderança do ministro Fachin, e em sintonia com o Pacto dos Poderes pela Transformação Ecológica, firmado entre as cúpulas do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Essas iniciativas visam posicionar o Brasil como referência na transição ecológica institucional e na incorporação dos princípios ESG (ambientais, sociais e de governança) nas políticas públicas e no funcionamento do Estado.

A Rede, ao conectar o Comitê Gestor Nacional e os comitês regionais, constitui o eixo operativo dessa nova governança, permitindo que metas sustentáveis sejam acompanhadas, avaliadas e replicadas em todo o sistema de justiça brasileiro.

Marco institucional para a sustentabilidade no Judiciário

A criação e estruturação do Comitê Gestor Nacional de Sustentabilidade consolidam o esforço do CNJ em integrar o tema às políticas administrativas e estratégicas do Judiciário.

A medida dá continuidade à Rede de Sustentabilidade e reforça o papel institucional do Conselho como articulador de práticas de gestão ambiental, eficiência energética, inclusão e responsabilidade social nos tribunais de todo o país.

Com a publicação da portaria 320/25, o CNJ inaugura uma nova etapa de governança interinstitucional voltada à sustentabilidade, em sintonia com os princípios de transparência, eficiência e inovação que norteiam o Poder Judiciário brasileiro.

Confira aqui a íntegra da portaria 320/CNJ, que designa os membros do Comitê Gestor Nacional de Sustentabilidade;

E aqui a portaria 134/CNJ, que cria a Rede Nacional de Sustentabilidade do Poder Judiciário.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

STF: Partido questiona regras que reduzem dever de indenizar de aéreas

2/12/2025

Marcio Garcia terá de responder por dívida de aluguel de R$ 1,5 milhão

2/12/2025

Juíza condena escritor a indenizar Pedro Benoliel por post antissemita

2/12/2025

União indenizará mulher incluída por engano em processo trabalhista

2/12/2025

Ministro retira processo de pauta após advogada apontar falha em voto

2/12/2025

Artigos Mais Lidos

Abertura de empresas e a assinatura do contador: Blindagem ou burocracia?

3/12/2025

Como tornar o ambiente digital mais seguro para crianças?

3/12/2025

Recuperações judiciais em alta em 2025: Quando o mercado nos lembra que agir cedo é um ato de sabedoria

3/12/2025

Seguros de danos, responsabilidade civil e o papel das cooperativas no Brasil

3/12/2025

ADPF do aborto - O poder de legislar é exclusivamente do Congresso Nacional

2/12/2025