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PMs acusados de matar dentista são condenados a 17 anos de prisão

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19/10/2005

 

PMs acusados de matar dentista são condenados a 17 anos de prisão

 

Dois policiais militares acusados de participar do assassinato do dentista Flávio Ferreira Sant'Ana, em 3 de fevereiro de 2004, foram condenados na madrugada desta quarta-feira no Fórum de Santana, em São Paulo, a 17 e meio de prisão por homicídio duplamente qualificado, fraude processual e porte ilegal de armas. O terceiro policial envolvido no crime foi absolvido do crime de homicídio, mas foi condenado a sete anos e meio de prisão por porte ilegal de arma e fraude processual. Os três aguardavam o julgamento presos.

 

O dentista foi morto quando voltava do Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos. Ele foi abordado pelos policiais militares. Os três policiais disseram ter confundido o rapaz com um homem que havia assaltado um comerciante e sem que o dentista reagisse dispararam dois tiros, que mataram Flávio Sant'Ana. Na seqüência, os assassinos colocaram no bolso do dentista os documentos do comerciante, que havia sido roubado, e perto dele uma arma adulterada para simular uma resistência seguida de morte. No dia seguinte a farsa foi desmontada, quando a vítima do roubo declarou que Flávio não era o assaltante.

 

Os condenados a 17 anos e meio de prisão são o tenente Carlos Alberto de Souza e o soldado Luciano José Dias. O cabo Ricardo Arce Rivera pegou sete anos e meio.

 

Cerca de 40 entidades ligadas à defesa dos direitos humanos e à luta pela igualdade racial acompanharam o julgamento desde o início da manhã de segunda-feira.

 

No total, sete policiais militares foram pronunciados pela Justiça e deverão ser levados a júri. Segundo o TJ, ainda não há data confirmada para os outros julgamentos. Dos sete, três foram pronunciados por homicídio doloso. Os demais, por alteração da cena do crime.

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