Migalhas Quentes

Lula alivia caixa dos Estados

Acordo consolida apoio dos Estados às reformas

1/7/2003

 

Lula alivia caixa dos Estados

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou ontem acordo com os governadores que consolidou o apoio às reformas previdenciária e tributária em troca de concessões que permitirão aliviar o caixa dos Estados. Uma das consequências será a redução dos gastos na área social, especialmente na educação e na saúde.

 

Lula e Palocci comprometeram-se em fazer concessões em dois dos três pontos que os governadores levaram para a reunião como um consenso de todos os 26 estados e o Distrito Federal.

 

Os governadores garantiram a criação de um fundo para compensar as perdas de arrecadação de ICMS dos Estados exportadores e a promessa de discutir a repartição de contribuições federais, como a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), a partir de 2004. Em dificuldades para enfrentar a discussão das reformas no Congresso, o governo admitiu, pela primeira vez, partilhar suas contribuições com os Estados - que querem também um quinhão da CPMF. Mas aí não houve avanço.

 

Ficou acertado também que o Fundo de Compensação será composto por recursos arrecadados pelos impostos de importação e exportação. As demais mudanças, que vão acontecer por leis complementares, serão discutidas em um grupo de trabalho, formado por um governador de cada região e representantes do Ministério da Fazenda.

 

A medida que afeta os gastos sociais é a que estende aos Estados a desvinculação de receitas. Por ela, os Estados poderão remanejar parte dos recursos que estão obrigados a aplicar em determinados setores, como educação e saúde. Apenas no que se refere à saúde, tomando por base os gastos do ano passado, a redução poderá chegar a R$ 3 bilhões. Se a medida for estendida também aos municípios, os gastos com saúde poderiam cair em mais R$ 2,5 bilhões.

 

Na saída, a maioria dos governadores defendeu de forma entusiasmada as reformas previdenciária e tributária. "Daqui a três meses já poderemos estar comemorando a aprovação das reformas", disse o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

 

O porta-voz da Presidência, André Singer, disse que ficou estabelecido o compromisso de que não haverá aumento de impostos. Alckmin concordou: "A reforma da Previdência reduz gastos, a tributária combate a sonegação. Logo, estão criadas as condições para não haver aumento da carga".

______________

 
Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

STF: Só é cabível ação se nomeação fora das vagas ocorrer no prazo do concurso

2/5/2024

Advogado que cobra R$ 51 mi de Pablo Marçal deve provar que é pobre para ter justiça gratuita

3/5/2024

Deputado do Acre se confunde e chama Vade Mecum de “Freddie Mercury”

3/5/2024

Governo adia Concurso Unificado em todo o país após chuvas no RS

3/5/2024

Reoneração da folha já vale para o próximo recolhimento, esclarece RF

3/5/2024

Artigos Mais Lidos

Quando o cliente paga mal, você paga mais: O custo oculto da tolerância financeira na advocacia

3/5/2024

O que a regra que bane cláusula de não concorrência com trabalhadores nos EUA pode sinalizar para as empresas no Brasil

3/5/2024

Juridicamente, empresas não podem sofrer falência!

3/5/2024

Honorários advocatícios na execução por quantia certa

3/5/2024

Discussão acerca dos juros remuneratórios em contratos bancários: Uma abordagem cautelosa

3/5/2024