Migalhas Quentes

Lula ataca novamente

Presidente critica "setores privilegiados"

25/7/2003

Lula ataca novamente

O presidente Lula criticou ontem "setores privilegiados" do funcionalismo público que "não se conformam" com a reforma da Previdência. Sem citar a magistratura, ele deixou claro seu desconforto com a anunciada greve de juízes. "Num país onde tem 40 milhões passando fome e o salário mínimo é R$ 240,00, tem gente que acha pouco se aposentar com R$ 17 mil, com R$ 19 mil, com R$ 20 mil ou com R$ 30 mil", disse Lula, ao discursar no 3º Seminário Brasileiro de Agricultura Familiar, em Concórdia (SC).

Segundo Lula, "90% do setor público ganha mal e vive mal depois que se aposenta, mas há um setor privilegiado que não se conforma com a proposta de reforma da Previdência", ao passo que um trabalhador rural de mãos calejadas tem dificuldade de se aposentar aos 60 anos por falta de documentos.

O presidente argumentou que a reforma da Previdência vai resultar em perdas para alguns grupos, mas que isso faz parte de um plano de distribuição mais eqüitativa e justa, "para que todos tenham direito ao mínimo para garantir uma boa sobrevivência. É assim que vamos governar este país. Tem gente que pode não gostar. Tem gente que gosta. Nós queremos levar as coisas da forma mais tranqüila possível", disse Lula.

Os valores de aposentadoria que citou são mais freqüentes entre os membros da magistratura, mas em nenhum momento ele especificou que estava se referindo a essa categoria. O salário de um ministro do STF está em torno de R$ 17.170.

Muito aplaudido, Lula disse que negociará com todos os setores da sociedade. "Não haverá um único segmento, por mais que seja contra o governo, que eu não vá chamar para conversar e tentar estabelecer os acordos necessários para viabilizar o Brasil", afirmou.

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