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Especialista dá dicas para não cair em fraudes na Black Friday

A previsão é que as vendas online aumentem cerca de 20% no dia da promoção.

22/11/2017

A Black Friday, prevista para ocorrer nesta sexta-feira, 24, é um período com grande aumento de vendas online. A data, criada nos Estados Unidos e importada por outros países, como o Brasil, oferece descontos organizados pelo varejo.



Segundo dados do Google Brasil, a previsão é que as vendas online aumentem cerca de 20% durante a data. O cenário preocupa especialistas, uma vez que não são incomuns relatos de pessoas que já foram enganadas por lojas fraudulentas, tiveram dados de cartão de crédito roubados ou mesmo que se sentiram lesadas por valores de produtos diferente do anunciado.

O consultor de TI do escritório Pires & Gonçalves - Advogados Associados, Roberto Alessandro, alerta que os principais riscos da segurança nesse período são os sites que imitam lojas virtuais de grandes magazines. "Já vimos casos de sites tão perfeitos que a única diferença era uma letra no nome da empresa. Esses pequenos detalhes confundem o consumidor e o induzem a fornecer dados para sites especializados em roubar dados".

Além de clones de sites, outra fraude bastante comum durante esses períodos é o phising – quando o consumidor clica em um link falso que o leva para um site malicioso. "Esses links piratas transferem o comprador para um ambiente totalmente projetado para roubar dados, então é comum encontrar pessoas que não reconhecem compras feitas no mesmo dia com aquele cartão".

Para não cair nesses golpes, Alessandro alerta que é preciso prestar bastante atenção aos detalhes dos sites. "O primeiro detalhe é olhar para preços muito discrepantes. Se em todos os sites uma televisão estiver custando em torno de R$ 2 mil e naquela promoção do seu e-mail estiver custando apenas R$ 500, desconfie. Os descontos são atraentes, mas nunca serão com preços tão diferentes".

Alguns sites internacionais de segurança divulgaram dados sobre as tentativas de fraudes ocorridas durante os grandes períodos de compras – Black Friday e Natal, que mostram um aumento de aproximadamente 31%, conforme esse estudo da ACI Worldwide.

Antes de comprar, previna-se! Uma boa forma de evitar cair em fraudes é tomando algumas precauções antes de realizar a compra. Confira as dicas:

Atualize o antivírus

Essa é uma medida importante que auxilia consumidores a não serem induzidos a comprar em sites piratas, por exemplo.

Cheque o site com cuidado

Veja se o site que deseja comprar possui credibilidade na rede. Uma boa maneira de checar é olhar a segurança – se possui cadeado e um https no canto esquerdo do endereço na tela.

Veja se alguém já reclamou

Olhar em sites especializados como o Reclame Aqui se a empresa sofreu muitas denúncias por parte de outros consumidores também ajuda a avaliar se aquela empresa é idônea!

E se a fraude já ocorreu, o que fazer?

Comprovada a fraude, o mais importante é identificar como reaver o prejuízo. Se estivermos diante de um problema de divergência de preços, a primeira providência é entrar em contato com a empresa e conversar sobre o ocorrido.

"Em dias de compras elevadas, é comum haver erros de digitação de preços, por exemplo. Recomendamos sempre conversar com a empresa para resolver a situação porque a própria justiça já reconhece essas discrepâncias como erro e não como uma forma de enganar o consumidor", explica o advogado Maurício Salles, do escritório Pires & Gonçalves - Advogados Associados, especialista em Direito do Consumidor.

Salles ainda ressalta que as fraudes vêm caindo ao longo dos anos no Brasil. "As empresas brasileiras já aprenderam a lidar com esse volume concentrado de compras em um único dia e prepararam seus times para atender a demanda".

Segundo dados do próprio Reclame Aqui, em 2016 foram registradas 2.900 reclamações, número bem menor que em 2015, quando foram registradas 4.400 queixas.

No entanto, quando for um caso de site clonado, é importante juntar as provas e entregar à polícia civil, responsável por esse tipo de crime. Embora as chances de reaver o prejuízo de pagar por produto não entregue sejam pequenas, o consumidor municia as autoridades a prenderem esses criminosos.

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