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Justiça peruana indicia líder oposicionista Humala por assassinato

1/9/2006


Madre Mia

 

Justiça peruana indicia líder oposicionista Humala por assassinato

 

Uma juíza peruana decidiu nesta sexta-feira indiciar por assassinato o líder oposicionista Ollanta Humala, derrotado nas eleições presidenciais de 4 de junho. Humala terá de responder a acusações de assassinato, desaparição e lesões graves que remontam à época em que ele comandava a base militar de Madre Mia, entre 1992 e 1993, durante o auge da luta contra a guerrilha maoísta Sendero Luminoso.

 

O procurador do caso havia pedido o indiciamento de Humala também por tortura, mas a juíza Miluska Cano recusou o pedido porque, em 1992, o crime não estava tipificado na legislação peruana. Humala foi proibido de sair do país e terá de depositar 20 mil sóis peruanos (cerca de R$ 13 mil) como depósito judicial.

 

O advogado de Humala, Carlos Escobar, disse que acusação "não tem pé nem cabeça", e qualificou o processo de "abuso de poder". Para o advogado, o indiciamento tem "intenções políticas". Ollanta Humala lidera a maior coalizão no Congresso peruano.

 

Caso

 

No passado, o líder oposicionista negou as acusações, mas confirmou ter comandado a base militar de Madre Mia, na Amazônia peruana, há 14 anos, quando o caso ocorreu.

 

Durante uma operação de contra-insurgência, o Exército levou o casal Benigno Sullca e Natividad Ávila para a base, junto com o irmão de Natividad, Jorge. Testemunha-chave no processo, o irmão diz ter sobrevivido a torturas ordenadas por um homem que se identificava como Capitão Carlos, supostamente Ollanta Humala. O corpo de Benigno foi encontrado com um tiro na testa. Sua esposa jamais apareceu.

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