Migalhas Quentes

Turma de 1968 do largo de São Francisco comemora 35 anos

Turma faz passeata no sábado para comemorar.

20/11/2003

 

Turma de 68 da Faculdade de Direito da USP faz passeata no sábado para comemorar 35 anos de formatura

 

A turma de acadêmicos que estudou Direito no Largo de São Francisco do golpe militar de 1964 até a decretação do AI-5, em 1968, está comemorando 35 anos de formatura. A geração que se formou sob o clima da longa ocupação da faculdade por 26 dias em 68 – num misto de reclamo por melhorias no ensino e crítica à ditadura – vai lembrar os tempos de estudante, no próximo sábado, dia 22/11, com diversas atividades, incluindo uma passeata festiva pelo centro da cidade.

 

Às 10 horas, inicia-se a solenidade na Sala João Mendes, da Faculdade de Direito da USP, com a mensagem do presidente da Comissão de Festas, José Edemar Hirt, seguida da composição da mesa, formada pelos professores Dalmo de Abreu Dallari e José Ignácio Botelho de Mesquita, pelo advogado Marcos Aurélio Ribeiro (presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto em 1968), pelo desembargador Sidnei Agostinho Beneti (presidente do Diretório Acadêmico da Fadusp em 1968) e pelo estudante Ademir Picanço de Figueiredo (atual presidente do XI de Agosto).

 

Em seguida, haverá a execução do Hino Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Alunos, professores e funcionários falecidos serão homenageados com a entrega de flores à sra. Lídia Ribeiro do Valle, viúva do estudante Ribas Ribeiro do Valle.

 

Haverá, então, a leitura das mensagens de saudação do professor Goffredo da Silva Telles Jr. e do diretor da Faculdade de Direito da USP, Eduardo César Silveira Vita Marchi. Encerrando as solenidades, será ministrada uma aula evocativa pelos professores Dalmo de Abreu Dallari e José Ignácio Botelho de Mesquita, que deverá se encerrar às 11:30h.

 

Os festejos prosseguirão no restaurante Itamarati, defronte do Largo de São Francisco, onde um coquetel se estenderá até as 13:30h. Neste horário, iniciar-se-á a passeata, com direito à Banda do Peru (que tocará temas carnavalescos e trovas acadêmicas), até a chegada no bar Brahma, na esquina da Ipiranga com a São João, onde os ex-acadêmicos irão almoçar, encerrando as comemorações.

 

Mais informações com o acadêmico da turma de 1968 e presidente da Comissão de Festas, o advogado José Edemar Hirt, pelos fones (11) 3699-4977/8108-0176, ou com o jornalista Cássio Schubsky, pelos fones (11) 3714-4832/9580-9396.

 

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Turma de 1968

 

Faculdade de Direito do Largo de São Francisco

35 Anos

 

Quando sentimos bater no peito a insana pancada do tempo, o melhor a fazer é deixar a folha dobrada e sair, não para morrer, mas para comemorar. De preferência de braços dados com o bom humor recheado de alguma irreverência, louvando a juventude do passado, acariciando a sadia maturidade do presente e perseguindo com alegria aquela ingenuidade infantil que nos faz superar os desafios do futuro.

 

Sair para comemorar após 35 anos significa alienar-se do rigor dos Tribunais, esquecer os maçantes processos, despojar-se das becas, das gravatas e dos luxuosos cardápios. Representa retomar à sempre jovem Academia para receber uma espécie de bênção de agradecimento pelo tempo vencido e de entusiasmo pelo tempo a vencer. E, de lá, seguir qual pássaros reencontrados perseguindo as próprias pegadas de quatro décadas atrás, bebendo chopp no Itamaraty, almoçando no Brahma. Locais sagrados, onde pairam as almas dos polichinelos de nossa mocidade, certamente ainda escondidos em nós, zombando do pragmatismo. Locais que foram depósitos de euforias, chacotas, gargalhadas, lágrimas, sonhos e indecisões de uma época plena de agitadas transformações políticas, sociais e humanas.

 

Afinal, somos a turma de calouros de 1964, que deparava com as paredes das Arcadas perfuradas pelas balas da ditadura militar, e saímos em 1968 carregando o fardo insólito do AI-5. Tudo isso não foi em vão. Aprendemos a fazer a hora e não esperar acontecer e nos tornamos a geração que, nos anos 80, voltou a acender a chama da democracia brasileira. Vale a pena celebrar o que o tempo montou como história, da qual somos personagens ainda vivos e atuantes.

 

O objetivo desse reencontro é avivar aqueles polichinelos, remontar a sagacidade e rir pra valer! “Vai ser supimpa” como diriam nossos avós. “Vai ser mór-legal!”, como dizem nossos netos...

 

Dia 22 de novembro, às 10 horas, todos reunidos na nossa eterna Faculdade!

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