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Especialista analisa crise sanitária no Guarujá e falta de saneamento

Identificação de norovírus em meio à crise sanitária reforça alerta sobre a urgência de investimentos em infraestrutura e fiscalização ambiental.

17/1/2025

O surto de gastroenterite que atingiu o Guarujá, no litoral de SP, expôs os graves impactos do saneamento básico precário na saúde pública e no meio ambiente. Segundo a SES-SP - Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, amostras analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz confirmaram a presença do norovírus, responsável por sintomas como náuseas, vômitos e diarreia.

Com mais de dois mil atendimentos registrados no município em dezembro, o aumento expressivo de casos foi classificado como surto pela pasta, enquanto cidades vizinhas, como Santos e Praia Grande, também registraram alta na procura por atendimento médico.

Segundo Larissa de Castro Coelho, advogada nos Núcleos de Ações Coletivas, Direito Ambiental e ESG da Nelson Wilians Advogados, a falta de infraestrutura adequada afeta diretamente a saúde pública e o meio ambiente.

"O despejo irregular de esgoto compromete ecossistemas essenciais, como manguezais e rios, além de tornar as praias impróprias para o banho. Isso impacta não só a biodiversidade local, mas também o turismo e a economia da região", alerta.

Larissa de Castro Coelho, advogada da Nelson Wilians Advogados, analisa crise sanitária no Guarujá e falta de saneamento básico.(Imagem: Freepik)

Para a advogada, a responsabilidade é compartilhada entre sociedade, empresas e poder público. "A omissão das autoridades em garantir infraestrutura de saneamento pode ser configurada como negligência."

"Ao mesmo tempo, empreendimentos e moradores que despejam esgoto sem tratamento infringem a legislação ambiental. A solução passa por investimentos urgentes em coleta e tratamento de esgoto, fiscalização rigorosa e recuperação de áreas degradadas", reforça a especialista.

Segundo Larissa, o caso do Guarujá é mais um exemplo de como o descaso com saneamento básico prejudica não só a saúde da população, mas também a sustentabilidade das regiões costeiras. "Para reverter esse cenário, é essencial uma atuação conjunta que promova o desenvolvimento sustentável e mitigue os impactos socioambientais", completa.

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