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Juíza revoga prisão preventiva de homem flagrado com 7kg de maconha

Decisão impôs medidas cautelares como comparecimento periódico e proibição de mudar de endereço.

2/11/2025

Juíza da 3ª vara Criminal de São José do Rio Preto/SP concedeu liberdade provisória a um acusado de tráfico de drogas, condicionada ao cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão. A magistrada considerou que a quantidade de entorpecente apreendida, por si só, não justifica a manutenção da prisão preventiva, entendimento já pacificado nos tribunais superiores.

Nos autos, o Ministério Público havia se manifestado contra o pedido de liberdade, argumentando que o acusado foi flagrado transportando nove tijolos de maconha, quantidade que indicaria destinação comercial.

O órgão também apontou que o réu não teria sido localizado para intimação em outro processo, relacionado a uma suposta agressão à ex-companheira, o que demonstraria risco à ordem pública.

Juíza de São José do Rio Preto revogou prisão preventiva e impôs obrigações processuais.(Imagem: Adobe Stock)

A magistrada, contudo, entendeu que os fundamentos apresentados não justificavam a manutenção da prisão preventiva, ressaltando que a medida tem caráter excepcional e só deve ser decretada quando houver risco concreto à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, conforme o art. 312 do CPC.

Segundo a decisão, a quantidade de entorpecente apreendida, isoladamente, não é suficiente para manter a prisão, entendimento já consolidado nos tribunais superiores. A juíza observou ainda que o acusado é primário, possui bons antecedentes, emprego lícito e residência fixa, e que o crime imputado não envolveu violência ou grave ameaça.

A decisão também destacou que a alegação de periculosidade perdeu força, uma vez que a própria vítima do outro processo solicitou a revogação da medida protetiva. Dessa forma, a magistrada concluiu que não há elementos concretos que indiquem que o acusado representaria risco à ordem pública ou tentaria se furtar à aplicação da lei penal.

Com isso, foi determinada a revogação da prisão preventiva e impostas as seguintes medidas cautelares:

Os advogados Leandro Falavigna e Thiago Vitor Lins, do escritório Torres, Falavigna e Vainer Sociedade de Advogados, atuam no caso.

O processo tramita sob segredo de Justiça.

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