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Morte de influenciadora "Barbie Humana" será analisada na vara do Júri

Justiça de São Paulo atendeu pedido do MP e da família, que veem indícios de crime; polícia trabalha com hipótese de morte acidental.

3/12/2025

A Justiça de São Paulo determinou que o caso da morte da influenciadora digital Bárbara Jankavski Marquez, conhecida como “Barbie Humana”, seja remetido da Vara Criminal para a Vara do Júri, responsável por crimes dolosos contra a vida. O pedido foi feito pelo MP e pelos advogados da família, que apontam possíveis indícios de crime.

Conforme divulgado pelo G1, Bárbara, de 31 anos, foi encontrada morta em 2 de novembro dentro da casa do defensor público Renato De Vitto, 51 anos, na Lapa, zona oeste de São Paulo. Outras duas pessoas também estavam no imóvel, e todos foram ouvidos como testemunhas.

Em depoimento, Renato afirmou que contratou a influenciadora como garota de programa, ambos consumiram cocaína e ela acabou adormecendo. Ele afirmou ter acionado o Samu após perceber que ela não reagia e realizado massagem cardíaca por cerca de nove minutos, mas o óbito foi constatado no local.

A PM encontrou a influencer seminua e com manchas pelo corpo. Uma amiga do defensor relatou ter visto Bárbara cair e se machucar.

Uma amiga do defensor relatou à polícia que viu Bárbara cair e se machucar, o que poderia explicar as lesões.

O MP e a família, contudo, sustentam que havia sinais de violência física, como lesões nos olhos, no pescoço e nas pernas, e defendem que o caso possa envolver agressão. A Polícia Civil investiga a ocorrência como morte suspeita, sem apontar indícios de crime. Para o 7º Distrito Policial da Lapa, a causa seria um episódio acidental após o consumo da droga.

Justiça de SP envia caso da morte da influenciadora Bárbara Jankavski Marquez, conhecida como “Barbie Humana”, para a Vara do Júri.(Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Laudo aponta morte por intoxicação

Ainda segundo o G1, a Polícia deve concluir o inquérito indicando morte acidental. Laudo do Instituto Médico Legal apontou que Bárbara morreu por “choque cardiogênico decorrente de intoxicação exógena aguda”, compatível com uso de cocaína. A perícia não associou as lesões a agressões.

Apesar disso, a Justiça decidiu antecipar a remessa do caso à vara do Júri, que futuramente analisará o inquérito e poderá confirmar a conclusão policial ou determinar novas diligências.

Os advogados da família sugeriram que o Departamento de Homicídios (DHPP) assuma o caso, mas não houve manifestação do MP nem decisão judicial sobre esse pedido.

Críticas à condução da investigação

A família aponta falhas na apuração e questiona se Bárbara teria sido vítima de agressões físicas. Entre as críticas apresentadas estão:

Os advogados cogitam ainda pedir novo laudo pericial ou até a exumação do corpo, por entenderem que a quantidade de cocaína encontrada não seria suficiente para causar a morte.

A Secretaria da Segurança Pública reiterou que os laudos apontam intoxicação causada por substância química e que o caso permanece sob investigação no 7º DP.

Defensor permanece afastado

Após a morte da influenciadora, Renato De Vitto afastou-se temporariamente da função alegando estresse pós-traumático. A Defensoria Pública informou que ele segue em licença regular.

Processo tramita em segredo de justiça.

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