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Banco Central confirma que conversas com Moraes foram sobre lei Magnitsky

Autoridade monetária afirma que conversas trataram apenas dos efeitos das punições aplicadas pelos EUA.

23/12/2025
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O Banco Central confirmou, nesta terça-feira, 23, que as conversas mantidas entre o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, tiveram como único objeto os efeitos da aplicação da lei Magnitsky. A manifestação reforça a versão apresentada mais cedo pelo próprio ministro.

"O Banco Central confirma que manteve reuniões com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky."

A posição do Banco Central foi divulgada após a circulação de informações dando conta de que Moraes teria procurado Galípolo para intermediar questões relacionadas ao banco Master, alvo de investigação por fraude financeira e em processo de negociação para venda ao BRB. As informações foram negadas tanto pelo ministro quanto pela autoridade monetária.

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Banco Central confirma que conversas com Moraes foram sobre lei Magnitsky.(Imagem: Lula Marques/ Agência Brasil)

Mais cedo, Alexandre de Moraes esclareceu que, em razão das sanções sofridas, reuniu-se com dirigentes do sistema financeiro para tratar exclusivamente das repercussões da Lei Magnitsky. Segundo o ministro, participaram desses encontros o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, dirigentes do Itaú, além de representantes da Febraban, BTG e Santander.

"Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito.”

O caso está inserido no contexto das sanções impostas ao ministro em julho, quando o governo dos Estados Unidos o incluiu na lista da lei Magnitsky, sob a acusação de violações de direitos humanos no exercício da função jurisdicional. Em setembro, as sanções foram ampliadas para alcançar a esposa do ministro e uma entidade ligada à família.

No último dia 12, após mudanças no cenário político e diplomático, as punições foram revogadas.

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