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Operação Lince - Ex-delegados são condenados por corrupção em Ribeirão Preto/SP

11/9/2007


Operação Lince

Ex-delegados são condenados por corrupção em Ribeirão Preto/SP

A 4ª Vara Federal de Ribeirão Preto/SP condenou os ex-delegados da Polícia Federal Wilson Alfredo Perpétuo e José Bocamino, o médico Tomas Yung Joon Kim e a psicóloga Rosângela Papa Marchi, por corrupção e uso de atestado falso, crimes descobertos pela Operação Lince, deflagrada pela Polícia Federal em junho de 2004.

Os condenados foram denunciados pelo Ministério Público Federal <_st13a_personname w:st="on" productid="em São Paulo">em São Paulo em julho de 2004, logo após a Operação Lince, que teve por objetivo combater a corrupção entre policiais federais de Ribeirão Preto.

O delegado Perpétuo está preso desde então, cumprindo pena por várias outras condenações. O delegado Bocamino ficou preso preventivamente até janeiro deste ano. Já o médico Kim e a psicóloga Marchi responderão ao processo em liberdade.

Segundo a PGR, a sentença acolhe parcialmente a acusação de que os policiais trocavam favores com o médico, sendo que, por parte de Perpétuo e Bocamino, tais favores eram pagos com abuso de seus cargos de delegado, o que configura corrupção.

Ficou provado, segundo a PGR, que Kim emitiu dois atestados médicos falsos afirmando que a psicóloga Marchi precisaria ausentar-se do trabalho. Tais atestados foram solicitados ao médico por Perpétuo, a pedido de Marchi. Já em favor de Bocamino, Kim deu emprego em sua clínica à namorada do filho do delegado.

Segundo a PGR, em troca desses dois favores (sendo que o segundo não configura crime), os delegados forneceram ao médico, sem a observância das formalidades legais, um porte de arma de fogo e uma autorização para transporte de arma de fogo.

As conversas telefônicas em que os réus combinam as trocas de favores foram gravadas com autorização judicial, informa a Procuradoria. Kim, em audiência, admitiu serem sua e dos delegados as vozes gravadas. Além disso, foram encontrados o porte, a autorização para transporte de arma e os dois atestados falsos.

Perpétuo e Bocamino foram condenados por corrupção passiva; Kim, por corrupção ativa; Perpétuo e o médico, por emissão de atestado falso; e Marchi, por uso de atestado falso. Por outro lado, Perpétuo foi absolvido do uso do atestado falso.

As somas das penas de cada acusado foram as seguintes: Perpétuo: cinco anos e dez meses de reclusão e nove meses e dez dias de detenção (regime inicial fechado); Bocamino: cinco anos de reclusão (regime inicial fechado); Kim, seis anos de reclusão e sete meses de detenção (regime inicial fechado); e Marchi, sete meses de detenção (regime aberto).

Com exceção de Perpétuo, os demais condenados poderão recorrer <_st13a_personname w:st="on" productid="em liberdade. O Ministério">em liberdade. O Ministério Público Federal recorrerá para aumentar as penas e para condenar Perpétuo por uso de atestado falso.

Esta é a oitava condenação do ex-delegado Perpétuo em primeira instância e a terceira de Bocamino.

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