Migalhas Quentes

Baú migalheiro: a vida de Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo

Poeta, jornalista, contista e teatrólogo, Artur de Azevedo é membro-fundador da Cadeira nº 29, que tem como patrono Martins Pena.

22/10/2013

Poeta, jornalista, contista e teatrólogo, Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu no dia 7 de julho de 1855 em São Luís/MA e faleceu em 22 de outubro de 1908, no Rio de Janeiro/RJ. Filho de David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal, e Emília Amália Pinto de Magalhães, teve quatro irmãos, dentre eles o também escritor Aluísio Azevedo, autor de “O Cortiço” e “O Mulato”. Artur de Azevedo figura ao lado do irmão no grupo fundador da ABL, onde criou a cadeira número 29.

Antes de se tornar escritor, foi comerciante e empregado na administração provincial, de onde foi demitido por ter publicado sátiras contra autoridades de governo. Posteriormente, concorreu a um concurso aberto em São Luís para vagas de amanuense - copista - da Fazenda. Classificado, o poeta se mudou para o Rio de Janeiro, em 1873, e obteve emprego no Ministério da Agricultura.

Artur de Azevedo também se dedicou ao magistério, ensinando Português no colégio Pinheiro. O gosto pela Humanidades e pelas Artes começou cedo: aos oito anos, Artur representava peças de teatro e pouco depois passou a escrevê-las. Aos 15 anos escreveu a peça "Amor por anexins", que teve mais de mil representações no século XX.

Fundou publicações literárias, como "A Gazetinha", "Vida Moderna" e "O Álbum". Como jornalista, publicou artigos, em defesa da abolição da escravatura. Foi colaborador no jornal "Novidades", junto a Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto e da revista "A Estação", ao lado de Machado de Assis. Também foi fundador da revista “Vida Moderna”, que reproduzia suas crônicas de grande sucesso.

Escreveu também mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos, nas seções que manteve sucessivamente em O País – “A Palesta”, no Diário de Notícias – “De Palanque”, A Notícia – o folhetim “O Teatro”.

Em 1889, reuniu seus contos no volume "Contos possíveis", dedicado a Machado de Assis. Em 1894, publicou "Contos fora de moda" e mais dois volumes, "Contos cariocas" e "Vida Alheia", com histórias publicadas nos jornais em que colaborava.

Entre os temas recorrentes do poeta, figuram o cotidiano da vida carioca: namoros, infidelidades conjugais, relações familiares ou de amizade, cerimônias festivas ou fúnebres. Artur de Azevedo também escrevia sob pseudônimos, dentre os quais "Elói o herói", "Gavroche", "Petrônio", "Cosimo", "Juvenal", "Dorante", "Frivolino", "Batista o trocista", entre outros.

No teatro, era seguidor de Martins Pena e apresentava temas que mostravam a evolução da capital brasileira, à época o Rio de Janeiro. Alcançou êxito com as peças "Véspera de Reis" e "A Capital Federal". O gosto pelo teatro o levou a sustentar uma campanha por cerca de três décadas para a construção do Teatro Municipal no Rio de Janeiro, mas não conseguiu assistir à sua inauguração, no dia 14 de julho de 1909, tendo falecido nove meses antes. As informações foram retiradas da Academia Brasileira de Letras.

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