Migalhas Quentes

Associação repudia declarações sobre suposto envolvimento de advogados com ataques em SC

De acordo com informações divulgadas, comunicação entre os presos estaria sendo realizada por meio de parentes e advogados.

7/10/2014

A Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de Santa Catarina divulgou nota de esclarecimentos na última sexta-feira, 3, sobre os recentes atentados ocorridos no Estado. Além de afirmar ser "terminantemente contra" qualquer espécie de ato de violência, a entidade repudia "declarações de autoridades públicas veiculadas pela imprensa", que vinculam advogados aos episódios supostamente coordenados pela facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense.

"A AACRIMESC esclarece que se tratam, novamente, de manifestações genéricas e irresponsáveis que tentam justificar a ineficiência estatal transferindo responsabilidades."

De acordo com informações divulgadas, as orientações e comunicação em geral entre os presos estariam sendo realizadas por meio de parentes e advogados dos condenados.

Onda de atentados

Santa Catarina registra a terceira onda de ataques desde 26 de setembro. Em sua grande maioria, ônibus, bases policiais, casas de agentes públicos, prédios do governo e veículos particulares são alvos de ações criminosas supostamente coordenadas por presos transferidos de Santa Catarina para a Penitenciária Federal de Mossoró/RN, da mesma facção criminosa das duas anteriores.

Em fevereiro de 2013, 37 homens, que estavam detidos em unidades prisionais catarinenses foram transferidos para RN, na intenção de desarticular a facção que estava em atuação na segunda onda criminosa, entre 30 janeiro e 3 de março daquele ano. Nesse período, ocorreram 114 atentados em 37 cidades catarinenses, segundo a PM. Antes, em 2012, ocorreu a primeira onda de atentados no Estado, com 63 alvos de 18 a 11 de novembro.

Confira a íntegra da nota abaixo.

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Nota sobre os atentados

A Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de Santa Catarina-AACRIMESC vem a público se manifestar sobre os recentes atentados ocorridos em Santa Catarina e dizer que é terminantemente contra qualquer espécie de ato de violência.

Sobre as declarações de autoridades públicas veiculadas pela imprensa, que vinculam advogados (gravatas) aos atos de violência praticados pelo Primeiro Grupo Catarinense-PGC, sem, contudo, nominar os envolvidos, a AACRIMESC esclarece que se tratam, novamente, de manifestações genéricas e irresponsáveis que tentam justificar a ineficiência estatal transferindo responsabilidades.

A AACRIMESC endossa a declaração prestada pela Juíza da Vara Regional de Execuções Penais de São José, que, em nota oficial, admite e denuncia todas as mazelas do Sistema de Segurança Pública Catarinense, especificamente no Complexo de São Pedro de Alcântara, confirmando não só a carta redigida pelos reeducandos como a sua existência anterior aos atentados, deixando claro que referido documento, quando recebido meses atrás, foi imediatamente encaminhado às autoridades responsáveis.

A AACRIMESC repudia de forma veemente acusações superficiais deste jaez contra advogados e informa que, em virtude do flagrante desrespeito à classe, encaminhou expediente à Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina-OAB/SC para que as providências cabíveis sejam adotadas, a fim de que cessem imediatamente estas inverídicas insinuações, prevenindo futura reiteração.

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