Migalhas Quentes

Município do RJ regulamenta internação involuntária de dependentes químicos

De acordo com a norma, internação involuntária de dependentes químicos que vivem na rua terá prazo máximo de 90 dias.

5/8/2019

Nesta segunda-feira, 5, a prefeitura do RJ publicou no Diário Oficial o decreto 46.313/19, que regulamenta a internação involuntária de dependentes químicos e de pessoas em situação de rua.

O decreto suplementa a lei que instituiu o Sisnad - Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e a lei que dispõe sobre a assistência à PSUA - População em Situação de Rua.

Providências

A norma distingue tipos de internação:

Sobre o atendimento à internação involuntária, o decreto dispõe que o processo perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, mas limitada ao prazo máximo de 90 dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável.

O tratamento pode ser interrompido a qualquer tempo pela família ou representante legal. Pelo texto, a internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde ou hospitais gerais, dotados de equipes multidisciplinares e deverá ser, obrigatoriamente, autorizada por médico devidamente registrado no CRM.

O decreto também institui o CPSUA - Cadastro Municipal da População em Situação de Rua. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, com auxílio do Instituto Pereira Passos e da Secretaria Municipal de Saúde deverão promover o cadastro. O intuito é identificar o perfil social das pessoas em situação de rua e dependentes químicos, com o objetivo de traçar ações de assistência específica.

Lei Federal

No começo de junho, Bolsonaro sancionou a lei 13.840/19, que altera a lei antidrogas - 11.343/06.

Entre as principais mudanças trazidas pelo texto, originário do PLC 37/13, está a possibilidade de internação involuntária do usuário de drogas, a qual deve ser realizada após médico responsável formalizar decisão por este tipo de internação. Conforme a lei, a família ou o representante legal poderão, a qualquer tempo, pedir ao médico a interrupção do tratamento.

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