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Polícia norte-americana prende fundadores da Renascer

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9/1/2007


FBI

Polícia norte-americana prende fundadores da Renascer

O FBI prendeu hoje o casal Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes, fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, em Miami. O casal havia embarcado para os Estados Unidos na noite desta segunda-feira, em Guarulhos/SP.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado), do MP/SP, o casal também vai ser investigado nos Estados Unidos pelo crime de lavagem de dinheiro.

Além disso, Sônia e Estevam Hernandes entraram nos Estados Unidos com US$ 56 mil (em espécie), mas declararam para a alfândega que não possuíam mais do que US$ 10 mil. Para os promotores do Gaeco, a prisão deles com um dinheiro não declarado confirma as práticas cometidas no Brasil.

Segundo eles, o Gaeco pediu a cooperação da polícia norte-americana para efetivar a prisão dos fundadores da Renascer. Os promotores disseram não poder dar mais informações sobre o caso, pois o processo tramita no Brasil em segredo de Justiça.

Procurado pela reportagem da Folha de S. Paulo, Luiz Flávio Borges D'Urso, advogado do casal que foi reeleito presidente da OAB/SP, não foi encontrado para comentar a prisão. A assessoria da Renascer informou não ter conhecimento da prisão do casal Hernandes.

A Renascer foi fundada pelo casal em 1986 e possui cerca de 1.500 templos no país.

Acusações

No final de dezembro, o casal conseguiu uma liminar no STJ revogando o pedido de prisão preventiva que havia contra eles. Até então, eles eram considerados foragidos. No Brasil, Sônia e Estevam são acusados de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato.

Numa outra denúncia, o Ministério Público de São Paulo acusou os Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno de falsidade ideológica. Eles teriam montado uma igreja "laranja", chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.

Segundo a denúncia, a igreja Internacional Renovação Evangélica, criada em 2004 por Jorge Luiz Bruno, não existe fisicamente. No endereço indicado na ata de fundação funciona um templo da Renascer.

Os promotores do Gaeco, Arthur Lemos, Eder Segura, Roberto Porto e José Reinaldo Carneiro, que fizeram o pedido de prisão preventiva, não quiseram se manifestar, pois o processo está sob segredo de Justiça.

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Fonte: Folha de S. Paulo

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