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Boulos ajuíza ação de investigação contra Tarcísio por fala sobre apoio do PCC

Governador afirmou que facção criminosa teria redigido carta de apoio ao psolista.

27/10/2024

A campanha do candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, ajuizou ação de investigação judicial eleitoral contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, após afirmar que o PCC - Primeiro Comando da Capital teria supostamente emitido ordens em uma carta para que eleitores votassem em Boulos.

A declaração ocorreu neste domingo, 27, durante uma coletiva de imprensa realizada no Colégio Miguel de Cervantes, em São Paulo, local de votação do governador. Ele estava ao lado de Ricardo Nunes, prefeito, candidato à reeleição e seu aliado.

"Isso aconteceu aqui na capital também, (disseram) que era para votar no outro. Teve um salve, houve interceptação de conversas e de orientações que eram emanadas de presídios por parte de uma facção criminosa, orientando determinadas pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos. Houve essa ação de inteligência, interceptação falando de candidatos, que eles estavam orientando a votar", afirmou Tarcísio de Freitas.

Campanha de Boulos ajuíza ação de investigação contra Tarcísio após declarações sobre suposto apoio do PCC.(Imagem: Felipe Marques/Zimel Press/Folhapress)

O contexto e o momento em que a declaração foi feita — enquanto as urnas ainda estavam abertas — levantaram preocupações ao candidato adversário sobre o uso do cargo e da informação sensível para potencialmente influenciar os eleitores.

Por isso, a equipe de Boulos acionou a Justiça Eleitoral, questionando a veracidade da fala de Tarcísio e alegando que a declaração configuraria abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

De acordo com a petição apresentada pelo advogado de Boulos, Francisco Octavio de Almeida Prado Filho, do escritório Almeida Prado Advogados, a presença do governador ao lado dos candidatos apoiados por ele e a divulgação dessas declarações durante a votação configuram "uso indevido dos meios de comunicação e abuso do poder político".

No documento, a defesa de Boulos argumenta que as declarações de Tarcísio foram uma tentativa de desestabilizar a campanha do adversário e influenciar diretamente o eleitorado no dia do pleito.

A ação pede que a Justiça Eleitoral declare a inelegibilidade de Tarcísio, Ricardo Nunes e o candidato a vice-prefeito Ricardo Mello Araújo e aplique sanções previstas na LC 64/90, que regula os casos de abuso de poder nas eleições.

Leia a petição.

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