Gramatigalhas

Quanto a(o) seu plural...?

Quanto a(o) seu plural...? O professor José Maria da Costa esclarece.

6/1/2010

A leitora Mariana de Jesus Lourenço envia a seguinte mensagem ao Gramatigalhas:

"Deve-se dizer 'Quanto a seu plural' ou 'Quanto ao seu plural'?!"

1) Uma leitora envia-nos uma mensagem em que indaga como se deve dizer: I) "Quanto a seu plural..."; II) "Quanto ao seu plural..."

2) Como a diferença entre os exemplos é o acréscimo de um artigo definido no segundo exemplo, a questão resume-se a saber se o pronome possessivo (no caso, seu) admite ou não artigo antes de si.

3) Uma lembrança dos exemplos mais corriqueiros de linguagem mostra que é facultativo o emprego do artigo antes do pronome possessivo: I) "Meu amigo virá para a grande solenidade"; II) "O meu amigo virá para a grande solenidade"; III) "Encontrei meu exemplar autografado do Código da Vida, de Saulo Ramos"; IV) "Encontrei o meu exemplar autografado do Código da Vida, de Saulo Ramos"; V) "Dei um exemplar do livro a meu amigo"; VI) "Dei um exemplar do livro ao meu amigo".

4) E, assim, respondendo de modo específico à indagação formulada, são corretas as duas formas de expressão: I) "Quanto a seu plural..."; II) "Quanto ao seu plural..."

5) Ante essa faculdade de usar ou não o artigo, é também oportuno verificar o que se dá com o feminino, em tais casos, e sobretudo com a crase: I) "Minha amiga virá para a grande solenidade"; II) "A minha amiga virá para a grande solenidade"; III) "Encontrei minha cópia..."; IV) "Encontrei a minha cópia..."; V) "Dei um exemplar do livro a minha amiga"; VI) "Dei um exemplar do livro à minha amiga"; VII) "Quanto a sua forma..."; VIII) "Quanto à sua forma..."

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Colunista

José Maria da Costa é graduado em Direito, Letras e Pedagogia. Primeiro colocado no concurso de ingresso da Magistratura paulista. Advogado. Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP. Ex-Professor de Língua Latina, de Português do Curso Anglo-Latino de São Paulo, de Linguagem Forense na Escola Paulista de Magistratura, de Direito Civil na Universidade de Ribeirão Preto e na ESA da OAB/SP. Membro da Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas. Sócio-fundador do escritório Abrahão Issa Neto e José Maria da Costa Sociedade de Advogados.