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Especialista destaca estratégia antes dos pedidos de recuperação judicial

Para a advogada Dione Assis, avaliar os riscos e buscar orientação jurídica pode evitar decisões precipitadas.

9/7/2025

O segundo semestre começou com um sinal de alerta para empresas em dificuldades financeiras: os pedidos de recuperação judicial aumentaram significativamente em comparação com o mesmo período do ano anterior. Com o cenário econômico ainda instável e mudanças recentes na legislação, especialistas recomendam cautela e planejamento estratégico antes de qualquer movimento jurídico.

Para a advogada Dione Assis, mestre em Direito pela FGV e sócia do Galdino, Pimenta, Takemi, Ayoub, Salgueiro, Rezende de Almeida Advogados, este é o momento ideal para que empresas repensem sua estrutura e saúde financeira.

Dione Assis, sócia do Galdino, Pimenta, Takemi, Ayoub, Salgueiro, Rezende de Almeida Advogados.(Imagem: Divulgação)

"Julho marca a virada do segundo semestre, e muitas empresas ainda não revisaram seu planejamento diante dos desafios do ano. Avaliar os riscos e buscar orientação jurídica pode evitar decisões precipitadas", afirma.

Dione destaca que a recuperação judicial, apesar de ser um importante instrumento para empresas em crise, exige o cumprimento de diversas novas exigências legais, especialmente após as reformas promovidas nos últimos anos.

"Muitas empresas entram com o pedido sem saber que há etapas preparatórias que aumentam as chances de sucesso do processo, como a organização prévia das finanças, a proteção de ativos essenciais e o diálogo com credores", explica.

A especialista também alerta para os erros mais comuns, como a subnotificação de passivos, a tentativa de blindagem sem respaldo legal e o despreparo para cumprir prazos.

"Recuperação judicial não é salvação automática. É um instrumento jurídico que exige responsabilidade, técnica e estratégia. Entrar sem preparo pode acelerar a falência, e não evitá-la", completa.

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