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Idosa não pagará hospital por tratamento autorizado por plano de saúde

O procedimento médico foi previamente autorizado pelo plano de saúde, porém, ele se recusou a arcar com os custos, o que levou o hospital a cobrar diretamente da paciente.

4/4/2025

A juíza de Direito  Marian Najjar Abdo, da 4ª Vara Cível de Santo Amaro/SP, concedeu tutela de urgência em favor de idosa beneficiária de plano de saúde, determinando a suspensão da cobrança de cerca de R$ 46,6 mil relativos a despesas hospitalares. A juíza constatou que a cobrança era indevida pois o procedimento foi previamente autorizado pela operadora do plano.

Justiça suspende cobrança indevida de R$ 46 mil a idosa após plano de saúde negar o custeio de tratamento previamente autorizado.(Imagem: Freepik)

O caso

A idosa, conveniada a plano de saúde individual e hospitalar, foi diagnosticada com osteoartrite com sinovite no joelho direito. Após avaliação médica, foi indicada a realização de arteriografia sob anestesia como parte do tratamento.

Ela entrou em contato com a operadora do plano e obteve autorização formal para realizar o procedimento em hospital da rede credenciada. No entanto, após a internação e realização do tratamento, o plano negou o custeio das despesas, e o hospital passou a cobrar diretamente da paciente o valor de R$ 46,6 mil, referentes a materiais, uso das instalações e execução do procedimento.

Diante da recusa da operadora e da ameaça de negativação de seu nome, a idosa, sem obter solução administrativa, ajuizou ação com pedido de tutela de urgência para impedir a cobrança.

Cobrança indevida

Ao analisar o pedido, a juíza reconheceu a probabilidade do direito da autora com base nos documentos apresentados, os quais comprovam que o procedimento foi previamente autorizado pela operadora do plano de saúde e, ainda assim, resultou em cobrança pelo hospital.

A magistrada também destacou o risco de dano irreparável caso o nome da idosa fosse inscrito nos cadastros de inadimplentes. Diante disso, concedeu tutela de urgência para suspender imediatamente a cobrança, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.

O escritório Lopes & Giorno Advogados atuou pela idosa.

O processo corre em segredo de justiça.

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