A história vem mostrando que quando um criminalista reclama de ilegalidades em investigações policiais, sobretudo no caso de colarinho branco, como é a Lava Jato, é bom fazer uma concha com a mão e pô-la no ouvido para bem auscultar. Com efeito, os criminalistas fazem críticas por princípios, até contra os interesses pessoais, uma vez que é com essas operações que eles ganham dinheiro. No caso da Lava Jato, veja-se que o advogado Kakay, um dos que rodaram o Brasil criticando o modus operandi dos meninos de Curitiba, tem, num mesmo processo que está na pauta do STF estes dias, quatro clientes entre os sete denunciados. Ou seja, fosse pelo dinheiro, o famoso causídico de Patos de Minas/MG estaria aplaudindo os ex adversos. Mas nem só de pão vive homem. É preciso das migalhas.