Em 1º de julho de 1819, há 202 anos, morreu Frei Jesuíno do Monte Carmelo, nome religioso de Jesuíno Francisco de Paula Gusmão, pintor, arquiteto, escultor, músico e poeta e padre carmelita brasileiro. Sua obra pode ser dividida em três fases. Na primeira, como artesão, aprendeu o preparo das tintas e criou, para mulatos e negros, um lugar de igualdade no reino dos Céus. Após enviuvar, alcançou refinamento artístico, tendo feito os estudos para ser padre. A última fase de sua obra é posterior à tentativa de ingressar na Ordem do Carmo, o que lhe foi negado, devido à ascendência africana. Em que pese a Venerável Ordem Terceira do Monte Carmelo da Vila de Itu, consciente das virtudes do artista, ter impetrado o pedido de um breve a favor do mesmo junto à Santa Sé, que determinasse admitir o padre Jesuíno do Monte Carmelo, o breve jamais foi expedido ou foi negado. No fim de sua vida, concebeu aquele que foi o seu maior projeto: a Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio de Itu/SP.
